Sameh Brglah falou sobre a guerra na Síria e liberdade de expressão (Divulgação)
Na última quinta-feira, os professores de Geografia (Raquel Machado) e História (Márcio Rossi) receberam o refugiado sírio Sameh Brglah para uma roda de conversa com os alunos dos oitavos anos.
Durante o segundo bimestre os alunos realizaram pesquisas e apresentação de trabalhos sobre relatos de deslocamentos. A conversa com Sameh teve como objetivo contribuir para as aprendizagens relacionadas aos deslocamentos voluntários e/ou forçados e a situação de refúgio. Sameh abordou assuntos como a guerra na Síria, as diferenças culturais entre os países, liberdade de expressão e participação política.
A iniciativa também tende a valorizar a importância dos imigrantes e refugiados no Brasil, assim como, comemorar a data de 20 de junho – Dia Mundial do Refugiado.
Para a professora Raquel momentos como esse são de extrema importância para ampliar os conhecimentos dos estudantes. “Quando apresentamos textos, realizamos pesquisas ou até mesmo assistimos a vídeos abordando assuntos relacionados aos temas trabalhados, ainda assim é muito distante da realidade dos estudantes. Ter uma pessoa conosco para conversar e contar sua trajetória, suas dificuldades, aflições, desafios e conquistas é um momento único e enriquecedor”.
A professora ainda relata que viver a educação pública de qualidade é um desafio constante, mas que certamente, encontros como esses são impulsos para continuar acreditando que a educação transforma hoje e sempre.
Segundo o professor Márcio: "Possibilitar aos nossos alunos o bate-papo com um refugiado sírio foi um momento muito especial, ainda mais na escola pública. Durante o primeiro semestre abordamos conteúdos em sala de aula que dialogavam com conceitos importantíssimos: liberdade de expressão, participação política e cidadania. Ao recebermos um refugiado de guerra, reforçamos com os alunos a compreensão desses valores, assim como, a importância de sermos agentes históricos. Sameh representa tantos outros refugiados que viram no Brasil a possibilidade de reconstrução de suas vidas. Mesmo com tantos problemas, nosso país ainda possibilita um recomeço, o que também remete a nossa própria história".