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Saiba mais sobre o Instituto de Virologia de Wuhan

O local deixou o coronavírus escapar? Esta é a hipótese que pesa sobre o Instituto de Virologia de Wuhan, no centro da China, alimentada, entre outros, pelo governo do ex-presidente americano Donald Trump

AFP
03/02/2021 às 07:11.
Atualizado em 23/03/2022 às 19:56

O local deixou o coronavírus escapar? Esta é a hipótese que pesa sobre o Instituto de Virologia de Wuhan, no centro da China, alimentada, entre outros, pelo governo do ex-presidente americano Donald Trump.

Nesta quarta-feira (3), o laboratório recebeu a visita de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Muitos pesquisadores acreditam que o Sars-CoV-2 tem origem provavelmente nos morcegos e teria passado por outra espécie (ainda não se sabe qual) antes de ser transmitido aos seres humanos.

Conheça o Instituto de Virologia de Wuhan, a cidade onde o coronavírus foi detectado pela primeira vez no final de 2019:

- Este instituto estatal tem a maior coleção de cepas de vírus da Ásia, com 1.500 espécies diferentes, de acordo com seu site.

Desde 2012, dispõe de um laboratório de alta segurança P3 (para "patógenos de classe 3") que estuda muitos vírus e, em particular, os coronavírus.

A diretora desse laboratório é Shi Zhengli, especialista nos coronavírus de morcegos, o que lhe valeu o apelido de "Batwoman chinesa".

O Instituto de Virologia também tem um P4 (para patógenos ainda mais perigosos). Trata-se de um laboratório de maior segurança que pode abrigar cepas perigosas como o ebola.

Inaugurado formalmente em 2018, este P4 foi criado em colaboração com a França.

Equipados com trajes de proteção completos, em um espaço de trabalho projetado para evitar vazamentos, eles estudam diferentes tipos de patógenos. O objetivo é conseguir reagir rapidamente ao surgimento de doenças infecciosas.

Seus pesquisadores fizeram vários estudos sobre a relação entre os morcegos e o surgimento dessas doenças na China.

Também ajudaram a entender melhor o novo coronavírus após seu aparecimento em Wuhan.

Em fevereiro de 2020, seu trabalho foi publicado em uma revista científica. Eles concluíram que a sequência do genoma Sars-CoV-2 é 96% semelhante ao de um coronavírus de morcego.

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