As autoridades russas pediram "moderação" ao Irã depois que o país anunciou que havia iniciado a produção de urânio metálico para alimentar um de seus reatores, fato que representa uma nova violação do acordo internacional sobre seu programa nuclear assinado em 2015
As autoridades russas pediram "moderação" ao Irã depois que o país anunciou que havia iniciado a produção de urânio metálico para alimentar um de seus reatores, fato que representa uma nova violação do acordo internacional sobre seu programa nuclear assinado em 2015.
"Entendemos a lógica e as razões do Irã, mas é necessário mostrar moderação e responsabilidade", disse o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Riabkov, à agência de notícias Ria Novosti.
"Tudo isso não é bom para o otimismo", acrescentou, considerando que a decisão do Irã "mostra a disposição de Teerã em não aceitar o status quo".
O acordo sobre o programa nuclear iraniano está na corda bamba desde que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu retirar seu país do pacto, em 2018, e restaurar as sanções contra Teerã.
Como resultado, o Irã tem cessado progressivamente de respeitar seus compromissos assumidos na assinatura do acordo.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) anunciou na quarta-feira que o Irã iniciou a produção de urânio metálico para ser usado como combustível em um de seus reatores.
O Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA) assinado em 2015 pelo Irã e seis grandes potências (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha) inclui uma proibição de 15 anos sobre "a produção ou aquisição de metais de plutônio ou de urânio e suas ligas".
O pacto prevê ainda que o Irã possa começar a investigar a produção de combustível à base de urânio "em pequenas quantidades" após 10 anos, mas apenas com a autorização dos demais signatários.
Embora a chegada do novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tenha dado alguma esperança à retomada do diálogo, Teerã já avisou que não recuará até que Washington levante suas sanções.
Serguei Riabkov pediu que os Estados Unidos "ponham fim às sanções" contra Teerã e "não prolonguem as coisas no tempo".
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