A Rússia expressou nesta segunda-feira (29) seu descontentamento e preocupação com o crescente número de civis mortos em Mianmar, onde a repressão da Junta golpista matou mais de cem pessoas neste fim de semana
A Rússia expressou nesta segunda-feira (29) seu descontentamento e preocupação com o crescente número de civis mortos em Mianmar, onde a repressão da Junta golpista matou mais de cem pessoas neste fim de semana.
"Estamos muito preocupados com o aumento do número de vítimas civis", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, a repórteres.
"Temos relações antigas e construtivas com Mianmar, o que não quer dizer que apoiamos os trágicos acontecimentos que estão ocorrendo" acrescentou.
A Rússia é vista como um dos países que mantém relações com a Junta militar que detém o poder após o golpe de Estado de fevereiro, apesar da sangrenta repressão militar às manifestações de rua.
O chefe da Junta, o general Min Aung Hlaing, jantou no sábado com o vice-ministro da Defesa da Rússia, Alexandre Fomin.
Fomin também compareceu ao desfile militar realizado no mesmo dia, em comemoração ao Dia das Forças Armadas birmanesas.
Em um comunicado na sexta-feira, Fumin disse que Mianmar é um "aliado confiável e parceiro estratégico" no Sudeste Asiático e que deseja "aprofundar" a cooperação militar bilateral.
Nesta segunda-feira, os manifestantes birmaneses voltaram às ruas, apesar da repressão sangrenta no fim de semana, condenada pela comunidade internacional.
No sábado, houve pelo menos 107 mortes, algumas delas crianças, o dia mais sangrento desde que os protestos começaram após o golpe.
Estima-se, no entanto, que o saldo real de vítimas do fim de semana seja muito superior ao que se confirmou até agora.
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