INTERNACIONAL

Rússia afirma que Ucrânia e Ocidente não devem se preocupar com movimentos de tropas

O Kremlin afirmou nesta quinta-feira (1º) que Ucrânia e os países ocidentais não devem "se preocupar" com os movimentos de tropas russas na fronteira ucraniana, apesar do temor de Kiev de que o conflito com os rebeldes pró-Rússia se agrave

AFP
06/04/2021 às 04:46.
Atualizado em 22/03/2022 às 01:13

O Kremlin afirmou nesta quinta-feira (1º) que Ucrânia e os países ocidentais não devem "se preocupar" com os movimentos de tropas russas na fronteira ucraniana, apesar do temor de Kiev de que o conflito com os rebeldes pró-Rússia se agrave.

"A Rússia desloca suas forças armadas em seu território como parece", declarou o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov. "Isso, no entanto, não representa nenhuma ameaça a ninguém, nem deve preocupar ninguém", destacou.

Após a trégua da segunda metade de 2020, o conflito no leste da Ucrânia registrou desde janeiro vários confrontos armados que causaram a morte de 19 soldados ucranianos. Os dois lados se culpam mutuamente pela escalada.

Além disso, a Ucrânia e os Estados Unidos afirmaram recentemente que houve movimentos das tropas russas na Crimeia - a península ucraniana anexada por Moscou em 2014 - e na fronteira russo-ucraniana, perto dos territórios controlados pelos separatistas pró-Rússia.

"Estamos preocupados com as recentes escaladas da agressão russa no leste da Ucrânia, incluindo violações do acordo de cessar-fogo de 20 de julho que provocaram a morte de quatro soldados ucranianos em 26 de março e nas quais outros dois ficaram feridos", declarou na quarta-feira o porta-voz da Secretaria da Defesa dos Estados Unidos, John Kirby.

Nesta semana, o comandante-chefe das Forças Armadas ucranianas, Ruslan Jomchak, denunciou uma "ameaça para a segurança militar" ucraniana, afirmando que os separatistas contavam com 28.000 combatentes e "mais de 2.000 instrutores e conselheiros militares" russos.

Moscou, acusada de apoiar política e militarmente os separatistas desde o início do conflito em 2014, sempre negou ter enviado soldados ou armas para o terreno.

Nesta quinta-feira, Peskov insistiu que "os militares russos [...] nunca participaram" desta guerra.

Até o momento, a guerra deixou mais de 13.000 mortos.

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