Região Metropolitana de Piracicicaba

RMP cria em junho 1.794 empregos formais

Dados, no entanto, indicam que região teve queda na geração de novos postos de trabalho em junho

Romualdo Cruz Filho
09/08/2022 às 06:39.
Atualizado em 09/08/2022 às 06:40
A construção civil é um dos setores em que a força de trabalho formal masculina predomina na região (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

A construção civil é um dos setores em que a força de trabalho formal masculina predomina na região (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

A Região Metropolitana de Piracicaba (RMP) gerou 1.794 empregos formais em junho, 28% inferior ao mês anterior, quando foram criadas 2.490 vagas formais, segundo as informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em junho, foram demitidos 16.031 profissionais e admitidos 17. 825.

A indústria de transformação responde pela maior parte das vagas geradas (540), seguido do setor de serviços (471). Destaca-se no cenário a fabricação de sucos concentrados de frutas, hortaliças e legumes (indústria de alimentos), fabricação de peças e acessórios para veículos, transporte rodoviário de carga, mudanças e transporte rodoviário de produtos perigosos.

A maior parte dos municípios da RMP conseguiu saldo positivo: Limeira foi responsável pela geração de 403 novas vagas; Pirassununga, 253; Piracicaba, 238; Leme, 229; Araras, 165; Conchal, 152; Rio Claro, 116; Elias Fausto, 95; Rio das Pedras, 65; Santa Maria da Serra, 60; Cordeirópolis, 31; Mombuca, 31; Saltinho, 31; São Pedro, 21; Capivari, 19; Águas de São Pedro, 11; Corumbataí, 9, e Santa Cruz da Conceição, 8.

Os municípios com o pior desempenho foram Iracemápolis, com saldo negativo de 55 postos de trabalho, e Santa Gertrudes, que perdeu 75, puxados pelas demissões nos setores de produção de borracha e material plástico e fabricação de produtos minerais não-metálicos, respectivamente. 

Os dados foram analisados pelo Observatório da Região Metropolitana de Piracicaba (RMP), ligado à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esal-USP, cuja equipe é formada pelos professores Cristiane Feltre, Eliana Terci e Carlos Eduardo Vian.

Igualdade de Gênero

Segundo os professores, houve no período em questão um desequilíbrio entre gêneros, uma vez que os homens ficaram com 60% das vagas, demonstrando assim baixo desempenho da RMP em relação ao objetivo do desenvolvimento sustentável no quesito igualdade de gênero, medido pelo Instituto Cidades Sustentáveis. 

Os homens representam 60% da força de trabalho formal na região, enquanto as mulheres representam uma parcela menor dessa fatia. Os setores em que as desigualdades na ocupação são maiores são a construção civil (7%), agropecuária (22%) e indústria (24%). Em parte, as desigualdades observadas nos dois primeiros setores podem ser explicadas pelas condições de trabalho nestes segmentos, trabalhos pesados e com jornadas cansativas. 

"A inovação tecnológica e a consequente adoção de novas tecnologias devem contribuir para a redução das disparidades de ocupação de homens e mulheres", supõem-se.

"É relevante salientar que essas desigualdades setoriais refletem os desequilíbrios nas ocupações em setores que oferecem remunerações melhores, como a indústria, na qual as mulheres têm baixa participação. Outra constatação é a de 40% dos homens empregados formalmente na região recebe até dois salários mínimos, enquanto para as mulheres esse percentual se eleva para 61%", analisam.

Ciesp
 

De acordo com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp - Regional Piracicaba), referente à geração de empregos em Piracicaba, com base no Caged, houve equilíbrio na comparação do primeiro semestre do ano passado em relação a este ano.

"Em 2021 foram criadas 4.070 novos postos de trabalho no município. Este ano, 4.043, uma diferença de 27 vagas, o que demonstra leve oscilação e até mesmo estabilidade", afirmou Homero Scarso, presidente do Ciesp-Piracicaba. 

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