O Reino Unido se tornou o primeiro país europeu a ultrapassar as 100.000 mortes pelo novo coronavírus, uma pandemia que obriga o fechamento de fronteiras e paralisa a vida econômica, causando desespero e protestos em muitos países
O Reino Unido se tornou o primeiro país europeu a ultrapassar as 100.000 mortes pelo novo coronavírus, uma pandemia que obriga o fechamento de fronteiras e paralisa a vida econômica, causando desespero e protestos em muitos países.
As autoridades britânicas registraram 1.631 mortes nesta terça-feira (26), elevando o total para 100.162.
"Lamento profundamente cada uma das vidas perdidas e, claro, como primeiro-ministro, assumo total responsabilidade por tudo o que o governo fez", declarou o primeiro-ministro Boris Johnson, que sobreviveu ao vírus.
O Reino Unido luta contra uma terceira onda particularmente virulenta de covid-19 como uma variante mais contagiosa que apareceu no sul e, de acordo com Johnson, provavelmente mais letal.
A covid-19 matou pelo menos 2,14 milhões de pessoas e infectou mais de 99,6 milhões no mundo, de acordo com a contagem da AFP nesta terça-feira.
Entre as vítimas mais recentes está o ministro da Defesa da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo, que morreu aos 69 anos.
Em um mundo com controles de fronteira cada vez mais rigorosos, restrições e confinamentos para combater o coronavírus estão causando tumultos e manifestações, como foi o caso na Holanda por três noites consecutivas.
O governo disse que manterá o toque de recolher imposto no sábado para combater a pandemia, chamando de "escória" os manifestantes que causaram graves distúrbios.
São "os piores tumultos em 40 anos", reconheceu o primeiro-ministro Mark Rutte.
No Líbano, sujeito a um confinamento estrito, há protestos violentos e também temores de uma convulsão social de consequências desconhecidas.
"O que aconteceu ontem à noite é apenas o início de movimentos maiores", alertou um morador da capital, Mohamad Bayruti, voluntário de um comitê para ajudar as famílias mais pobres.
Na Tunísia, o aumento das restrições também coincide com a situação política, como em muitos outros países em desenvolvimento. A única esperança é a campanha de vacinação, que avança de forma desigual.
Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden aposta que, graças a ela, seus concidadãos terão imunidade coletiva até o verão no hemisfério norte.
A imunidade coletiva era um termo temido e evitado meses atrás pelos políticos, principalmente aqueles que estavam em campanha eleitoral.