Os rebeldes houthis do Iêmen confirmaram que deram autorização a uma missão da ONU para inspecionar e consertar um navio-tanque há muito abandonado que poderia causar um derramamento colossal de óleo na costa deste pobre país da Península Arábica
Os rebeldes houthis do Iêmen confirmaram que deram autorização a uma missão da ONU para inspecionar e consertar um navio-tanque há muito abandonado que poderia causar um derramamento colossal de óleo na costa deste pobre país da Península Arábica.
A ONU anunciou nesta terça-feira que os houthis, que controlam grande parte do norte do país, concordaram com uma missão de inspeção para o navio, bem como uma manutenção inicial contra o risco de vazamento de óleo. Até agora, rebeldes iemenitas haviam recusado o acesso ao navio.
"Um acordo para uma manutenção urgente e uma avaliação completa do petroleiro "Safer" foi assinado com as Nações Unidas, para evitar uma catástrofe natural", declarou um oficial rebelde sênior, Mohamed Ali al Huthi, em um tuíte na noite de quarta-feira.
O "FSO Mais Seguro", com 1,1 milhão de barris de petróleo e 45 anos de idade, está encalhado desde 2015 em frente ao porto de Hodeida (oeste), a cerca de 60 km das primeiras áreas povoadas deste país em guerra desde 2014.
O conflito envolve forças do governo, apoiadas pela Arábia Saudita, e rebeldes Houthi, apoiadas pelo Irã.
Um vazamento de óleo pode atingir países próximos, como Djibouti, Eritreia e Arábia Saudita, e também afetar o tráfego marítimo comercial no Mar Vermelho.
Uma mancha de óleo pode destruir ecossistemas, fechar o importante porto de Hodeida por seis meses e expor mais de 8,4 milhões de pessoas a níveis elevados de poluição, de acordo com estudos independentes.
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