Salvador, Curitiba, Rio e São Paulo assumiram o compromisso de zerar emissões de carbono até 2050. As capitais fazem parte do C40, grupo que une grandes cidades mundiais em defesa de políticas públicas contra as mudanças climáticas
Salvador, Curitiba, Rio e São Paulo assumiram o compromisso de zerar emissões de carbono até 2050. As capitais fazem parte do C40, grupo que une grandes cidades mundiais em defesa de políticas públicas contra as mudanças climáticas.
Para a elaboração do Plano Municipal de Adaptação e Mitigação às Mudanças Climáticas, que a prefeitura de Salvador promete entregar até dezembro, foram medidos índices de dióxido de carbono (CO2), metano e óxido nitroso. Só em 2018 mais de 3 milhões de toneladas de CO2 foram soltas no ar da cidade, sendo 65,1% pelo transporte, 21,7% de energia estacionária (edifícios residenciais, comerciais, consumo industrial), 12,6% de resíduos (aterros e incineração e tratamento de efluentes) e 0,6% de atividades agrícolas e desmatamento.
O quadro poderia ser ainda pior, pois houve 20% de redução na emissão de gases do efeito estufa de 2014 a 2018. Para o secretário de Sustentabilidade, João Resch, é necessário investir mais na substituição do uso de automóveis movidos a gasolina por outros modais. "Salvador precisa investir também na requalificação de moradias e ligações das redes de esgotamento. A maioria do esgoto hoje é descartado de forma irregular."
Curitiba foi indicada neste ano como uma das cidades líderes da "revolução solar", por causa do projeto de pirâmide solar no antigo aterro sanitário do Caximba. O local terá uma unidade geradora de energia fotovoltaica e uma de biomassa para aproveitar resíduos vegetais das podas de árvores e limpeza de jardins. "A poluição gera custos à infraestrutura pública de saúde. Não sabemos quantas pessoas morrem por ano em Curitiba pela falta de fiscalização de poluentes", diz o diretor executivo do Observatório de Justiça e Conservação, Giem Guimarães.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.