INTERNACIONAL

Quatro anos de declarações chocantes de Trump sobre líderes estrangeiros

Com tuítes e declarações chocantes, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que busca a reeleição em 3 de novembro, rompeu os códigos das relações internacionais, com um gosto marcado pela provocação e uma tendência desconcertante de destacar sua amizade com os adversários dos Estados Unidos e sua rivalidade com os aliados

AFP
21/10/2020 às 12:05.
Atualizado em 24/03/2022 às 10:16

Com tuítes e declarações chocantes, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que busca a reeleição em 3 de novembro, rompeu os códigos das relações internacionais, com um gosto marcado pela provocação e uma tendência desconcertante de destacar sua amizade com os adversários dos Estados Unidos e sua rivalidade com os aliados.

A seguir, algumas das declarações mais memoráveis de Trump.

Trump surpreendeu a classe política nos Estados Unidos, em várias ocasiões, com suas palavras calorosas dedicadas ao presidente russo, Vladimir Putin, a quem descreveu durante sua campanha de 2016 como alguém "muito respeitado" em todo mundo.

Em seu primeiro encontro oficial, em 2018, em Helsinque, Trump pareceu estar a favor de Putin e contra a opinião da comunidade de Inteligência dos Estados Unidos a respeito das revelações de que a Rússia interferiu na eleição presidencial de 2016 para favorecer o magnata republicano.

"Ele disse que não foi a Rússia", disse em uma coletiva de imprensa. "Eu posso dizer que hoje o presidente Putin foi extremamente enérgico e potente em sua negação".

Trump demonstrou afinidade com governantes de carisma autoritário e enfrentou líderes das democracias liberais.

Em uma entrevista ao repórter investigativo Bob Woodward para seu livro "Rage" (Raiva), Trump indicou proximidade com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, apesar de ter dito que todos o alertaram que era um "cara horrível".

"É curioso como as relações funcionam: quanto mais difíceis e ruins eles são, melhor eu me dou com eles", disse o presidente.

Na mesma entrevista, Trump se referiu ao príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salman. "Salvei a pele dele", depois que o reino ficou na mira pelo assassinato do jornalista crítico Jamal Khashoggi.

Em uma reunião com o general e agora presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sissi, Trump gerou indignação ao recebê-lo com a saudação "Cadê meu ditador preferido?", segundo o jornal "The Wall Street Journal".

As declarações de Trump sobre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, considerado um dos ditadores mais brutais pelas violações aos direitos humanos de seu governo, também geraram tensão.

Em 2017, ele ameaçou no Twitter lançar "fogo e fúria" contra a Coreia do Norte e zombou de seu líder, chamando-o de "o pequeno homem-foguete".

Depois de um encontro histórico em 2018 transmitido pela televisão, Trump mudou o tom, porém, e passou a elogiar Kim.

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