Centenas de pessoas protestaram contra o prolongamento do confinamento nos Estados Unidos, incentivadas pelo presidente Donald Trump, apesar de seu país registrar quase um quarto das mais de 157
Centenas de pessoas protestaram contra o prolongamento do confinamento nos Estados Unidos, incentivadas pelo presidente Donald Trump, apesar de seu país registrar quase um quarto das mais de 157.000 mortes que a COVID-19 causou até este sábado no mundo.
E enquanto várias cidades americanas registraram protestos, um mega-concerto pela Internet começou às 16H00 de Brasília para aliviar o confinamento que mantém cerca de 4,5 bilhões de pessoas, mais da metade da população mundial.
O concerto virtual, em apoio ao pessoal de saúde no mundo, reúne, entre outros, astros como Taylor Swift, The Rolling Stones, Annie Lennox, Anitta, Elton John, Jennifer López, Celine Dion, Paul McCartney, Stevie Wonder e Billie Eilish.
Nos Estados Unidos, centenas de manifestantes desafiaram as autoridades dos estados democratas que defendem as medidas de contenção nas ruas.
Cerca de 400 pessoas se reuniram sob uma chuva fria em Concord, New Hampshire, muitas a pé e outras em seus carros, para protestar contra quarentenas prolongadas em um estado com relativamente poucos casos confirmados da COVID-19.
Protestos semelhantes ocorreram em outras cidades americanas, como Annapolis, Maryland ou Austin, Texas.
"Minnesota livre!", "Michigan livre!", "Viginia livre!", escreveu Trump no Twitter encorajando os manifestantes.
Enquanto isso, o estado de Nova York, o epicentro da pandemia nos Estados Unidos, registrou o menor número de mortes nas últimas duas semanas, com 540 nas últimas 24 horas, embora o governador Andrew Cuomo tenha alertado que essa aparente melhoria deve ser levada com cuidado, pois foram 2.000 novas hospitalizações ao mesmo tempo.
"Não estamos mais em um pico, mas ainda não estamos em uma boa posição", afirmou.
E enquanto o presidente americano reiterava seus ataques à China por "esconder" a severidade da pandemia, o presidente francês Emmanuel Macron e o chefe da diplomacia britânica Dominic Raab também questionaram a transparência de Pequim.
Praticamente não há país ou território no planeta onde o coronavírus não tenha chegado, tendo infectado mais de 2.280.000 pessoas e provocado mais de 157.000 mortes desde que apareceu na China no final de 2019, de acordo com a contagem mais recente da AFP.
A Europa registra quase metade dessas infecções e mais de 100.000 mortos, principalmente na Itália (mais de 23.200 mortes), Espanha (mais de 20.000), França (mais de 19.300) e Reino Unido (quase 15.500).
Muito abaixo desses números, a China registra 4.632 mortes.
Mas os Estados Unidos são o país mais atingido do mundo, com mais de 706.000 infecções e 37.079 vítimas fatais.
Na América Latina, o número de mortos ultrapassa 4.000 e a África registra mais de 1.000.