INTERNACIONAL

Protestos contra a violência policial e o racismo aumentam nos EUA

Confrontos entre manifestantes e policiais sacudiram no sábado à noite várias grandes cidades dos Estados Unidos, apesar do toque de recolher decretado em muitas localidades para deter os distúrbios que explodiram após a morte de um homem negro em uma ação policial na segunda-feira

AFP
31/05/2020 às 08:05.
Atualizado em 27/03/2022 às 21:49

Confrontos entre manifestantes e policiais sacudiram no sábado à noite várias grandes cidades dos Estados Unidos, apesar do toque de recolher decretado em muitas localidades para deter os distúrbios que explodiram após a morte de um homem negro em uma ação policial na segunda-feira.

O presidente Donald Trump prometeu acabar com a violência após várias noites de distúrbios em Minneapolis, cidade em que George Floyd, de 46 anos, foi morto durante sua detenção.

Nesta cidade do estado de Minnesota, norte do país, a polícia avançou contra os manifestantes que não respeitaram o toque de recolher e usou bombas de efeito moral para dispersar o protesto.

Também foram registrados confrontos entre manifestantes e policiais em Los Angeles, Chicago e Nova York.

O caso de Floyd, que faleceu depois que um policial branco o deixou de bruços no chão por quase nove minutos, apoiando o joelho contra seu pescoço, se tornou o mais recente símbolo da violência policial contra os cidadãos negros e provocou a maior onda de protestos dos últimos anos nos Estados Unidos.

Trump culpou a extrema-esquerda pela violência e afirmou que "revoltosos, saqueadores e anarquistas" estavam desonrando a memória de George Floyd.

"Não podemos e não devemos permitir que um pequeno grupo de criminosos e vândalos destrua nossas cidades e provoquem devastação em nossas comunidades", disse Trump após os distúrbios ocorridos na sexta-feira em Minneapolis.

"Meu governo interromperá a violência da turba", acrescentou.

Seu rival democrata nas eleição presidencial de novembro, Joe Biden, condenou a violência dos protestos, mas afirmou que os americanos têm o direito de manifestação.

"Protestar contra tal brutalidade é correto e necessário. É uma resposta totalmente americana", afirmou Biden em um comunicado. "Mas queimar comunidades e destruição desnecessária não é. Violência que coloca vidas em risco não é. Violência que destrói e fecha negócios que atendem à comunidade não é", completou.

Os distúrbios levaram cidades como Los Angeles, Atlanta, Chicago e Filadélfia a anunciar toques de recolher.

O governador de Minnesota, o democrata Tim Walz, também denunciou a responsabilidade de elementos externos a seu estado que, segundo ele, poderiam ser anarquistas, supremacistas brancos ou narcotraficantes.

Para retomar o controle da situação, ele anunciou a mobilização dos 13.000 soldados da Guarda Nacional de seu estado, um destacamento que não era anunciado desde a Segunda Guerra Mundial.

Walz alertou sobre uma situação "perigosa" nas ruas na noite de sábado e informou que solicitou a assistência do secretário de Defesa.

As unidades da polícia militar permanecem alertas para uma possível intervenção em Minneapolis, com um tempo de resposta de quatro horas, informou o Pentágono em comunicado.

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