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Propagação do coronavírus preocupa China e Índia e não dá trégua no Brasil

China e Índia observam com preocupação o aumento dos contágios do novo coronavírus, que também avança em ritmo acelerado no Brasil, ao mesmo tempo em que cientistas divulgam notícias promissoras, com o anúncio de um medicamento que ajuda a salvar vidas

AFP
17/06/2020 às 10:51.
Atualizado em 27/03/2022 às 17:09

China e Índia observam com preocupação o aumento dos contágios do novo coronavírus, que também avança em ritmo acelerado no Brasil, ao mesmo tempo em que cientistas divulgam notícias promissoras, com o anúncio de um medicamento que ajuda a salvar vidas.

As autoridades chinesas consideram a situação epidêmica de Pequim "extremamente grave" e temem uma nova onda de contágios, depois que o confinamento draconiano e os testes de diagnóstico pareciam ter controlado a pandemia que surgiu no fim de 2019, em Wuhan, na região central do país de 1,4 bilhão de habitantes.

Desde a semana passada, 137 pessoas foram infectadas em Pequim, onde moram 21 milhões de pessoas.

O foco de infecções, ao redor do mercado atacadista de Xinfadi, ao sul da capital, levou as autoridades a cancelarem mais de mil voos nos dois aeroportos de Pequim nesta quarta-feira. As escolas fecharam as portas na terça-feira, e a população recebeu o pedido para evitar qualquer viagem não essencial.

Segundo país mais populoso do planeta, com mais de 1,3 bilhão de habitantes, a Índia registrou 2.000 mortes em apenas um dia, o que elevou o balanço oficial para 11.903 óbitos.

Diante de uma economia em crise, no começo do mês o primeiro-ministro Narendra Modi praticamente retirou todas as medidas do rígido confinamento imposto no fim de março, apesar da propagação da epidemia. O país registra quase 11.000 novos casos diários e mais de 354.000 desde o início da crise.

As autoridades de Nova Délhi calculam que, até o fim de julho, a capital indiana terá mais de meio milhão de pacientes de COVID-19. O governo local decidiu utilizar hotéis e centros de eventos como hospitais de campanha.

Com 35.000 casos e 1.282 mortes em apenas um dia, o coronavírus não dá trégua no Brasil, que registra mais de 45.000 mortos e 923.000 casos confirmados (o segundo país mais afetado após os Estados Unidos), de acordo com o Ministério da Saúde.

Essa situação levou a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a emitir um alerta.

"Não estamos vendo a transmissão desacelerar", disse a diretora da OPAS, Carissa Etienne, advertindo que os contágios também aumentam em toda região da América Latina e Caribe, onde o balanço supera 80.000 mortes.

No atual contexto, o Chile prolongou por mais três meses o "estado de exceção constitucional por catástrofe", e o Equador, por 60 dias.

Na terça-feira, o Peru superou a barreira de 7.000 mortos e 237.000 infectados, mas o ministro da Saúde, Víctor Zamora, assegurou que a "epidemia mostra um declínio".

O presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, anunciou que ele e sua esposa contraíram o coronavírus. Hernández informou que adotará o teletrabalho para continuar à frente do país.

No México, brigadas médicas visitam as casas na capital para fazer testes, mas nem sempre são bem recebidas. O país tem 154.863 casos positivos e 18.310 óbitos por COVID-19.

Quase 8,2 milhões de pessoas foram infectadas no mundo pelo novo coronavírus, e 443.821 morreram, em particular na Europa (o continente mais afetado com quase 2,5 milhões de casos e 189.155 mortos) e nos Estados Unidos (2,1 milhões de casos e quase 117.000 mortos), conforme o balanço atualizado da AFP com base em dados oficiais.

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