INTERNACIONAL

Propagação da COVID-19 acelera no Brasil, Peru e Chile

A propagação da COVID-19 está acelerando no Brasil, no Peru e no Chile, informou nesta terça-feira a agência regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), exigindo a aplicação de medidas de distanciamento social, mais testes de diagnóstico e adaptação dos serviços de saúde para salvar vidas

AFP
27/05/2020 às 01:04.
Atualizado em 27/03/2022 às 22:20

A propagação da COVID-19 está acelerando no Brasil, no Peru e no Chile, informou nesta terça-feira a agência regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), exigindo a aplicação de medidas de distanciamento social, mais testes de diagnóstico e adaptação dos serviços de saúde para salvar vidas.

"Na América do Sul, estamos particularmente preocupados que o número de novos casos relatados na semana passada no Brasil tenha sido o mais alto em um período de sete dias desde o início do surto", declarou Carissa Etienne, diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), com sede en Washington.

"Tanto o Peru quanto o Chile também estão relatando uma alta incidência, um sinal de que a transmissão ainda está acelerando nesses países", acrescentou.

O continente americano "sem dúvida" se tornou o epicentro da pandemia, declarada em 11 de março pela OMS depois que o novo coronavírus foi detectado no final de 2019 na China.

Etienne disse que agora, com um total de 726.921 casos e 39.560 mortes relatadas em 25 de maio, segundo a Opas, a América Latina superou a Europa e os Estados Unidos no número diário de infecções.

Etienne pediu aos países que não abaixem as armas nos esforços para conter infecções, estimadas em mais altas do que as detectadas.

"Para a maioria dos países das Américas, agora não é hora de relaxar as restrições ou reduzir as estratégias preventivas", alertou.

Para enfrentar a COVID-19, a Opas recomenda uma combinação de medidas de distanciamento físico da população, testes de diagnóstico e preparação de serviços de saúde

Marcos Espinal, diretor de Doenças Transmissíveis e Análise da Saúde da Opas destacou especialmente a necessidade de aumentar a capacidade de teste para impedir a progressão da doença.

"A maioria dos países da América do Sul ainda não está testando no nível que deveria", disse ele, apontando o Chile como uma exceção.

Etienne também alertou sobre o crescimento esperado de casos e mortes no México, El Salvador, Guatemala e Colômbia.

Além disso, enfatizou o "forte aumento" do surto na Nicarágua, onde o governo de Daniel Ortega foi questionado por responder à pandemia sem medidas de contenção e por convocações em massa.

"Apelamos a todas as entidades públicas e privadas da Nicarágua para que implementem, com efeito imediato, todas as recomendações fornecidas pela Opas", disse o diretor de Emergências em Saúde da organização, Ciro Ugarte, quando questionado sobre o país da América Central.

Outro fantasma assombra a região das Américas: o maior impacto da pandemia nas pessoas com Doenças Não Transmissíveis subjacentes (DNTs), como diabetes, doenças cardiovasculares, câncer e doenças respiratórias crônicas, doenças frequentemente associadas à dieta, uso de tabaco, estilo de vida e pobreza.

"Nunca vimos uma relação tão mortal entre uma doença infecciosa e as DNTs. Alguns dos dados são realmente alarmantes. Especialmente em nossa região, onde as DNTs são amplamente disseminadas", destacou Etienne.

No continente americano, uma em cada quatro pessoas sofre de DNT.

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