Duas promotoras italianas pediram neste sábado (6) a prisão perpétua de dois jovens americanos julgados pelo homicídio de um carabineiro em julho de 2019, quando estavam de férias em Roma
Duas promotoras italianas pediram neste sábado (6) a prisão perpétua de dois jovens americanos julgados pelo homicídio de um carabineiro em julho de 2019, quando estavam de férias em Roma.
O agente Mario Cerciello Rega, de 35 anos, morreu devido a ferimentos a faca, depois de ter detido juntamente com um colega dois jovens americanos de 19 anos, Finnegal Lee Elder e Gabriel Natale-Hjorth.
Lee Elder, que admitiu ter esfaqueado Rega disse, no entanto, que ele e Natale-Hjorth foram atacados por dois homens que pensavam ser traficantes de drogas, pois os policiais estavam à paisana.
Segundo elementos compilados na investigação, os americanos roubaram a bolsa de um traficante que vendeu-lhes aspirina como se fosse cocaína e pediram 100 euros (120 dólares) para devolvê-la.
Mas o traficante alertou as forças de ordem e os carabineiros chegaram vestidos à paisana ao local do encontro em que o pagamento seria feito.
A arma do crime, uma faca de combate de 18 centímetros, foi encontrada pouco depois dos fatos - ocorridos nas proximidades do Vaticano -, escondida no quarto de um hotel de quatro estrelas onde os jovens originários da cidade de San Francisco estavam hospedados.
"Foi uma agressão, um ataque violento, mortal e desproporcional", declarou à corte de Roma a promotora Maria Sabina Calabretta, citada pela agência AGI.
Calabretta descreveu Cerciello como "um homem bom" e disse que o agente "não teria podido fazer grande coisa para se defender", pois o objetivo único dos acusados era "matá-lo".
Seu colega, Nunzia D"Elia, contou que o carabineiro foi esfaqueado onze vezes em menos de trinta segundos e que não há provas de que ele tenha atacado o agressor.
O homicídio, ocorrido no verão de 2019, causou forte comoção na Itália e uma onda de simpatia ao jovem policial, que acabara de voltar da lua de mel.
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