O governo italiano apresentou o programa para o desconfinamento gradual do país a partir de 4 de maio, após um bloqueio de quase dois meses para impedir a propagação do coronavírus
O governo italiano apresentou o programa para o desconfinamento gradual do país a partir de 4 de maio, após um bloqueio de quase dois meses para impedir a propagação do coronavírus.
Trabalhadores dos setores da indústria e da construção puderam retomar suas atividades nesta segunda-feira, enquanto outros setores cumprirão um cronograma específico entre maio e junho.
As escolas permanecerão fechadas até setembro, de acordo com a decisão do governo, juntamente com um grupo de especialistas, que alertou que se a curva de contágio do vírus, que causou cerca de 27.000 mortes, aumentar novamente, as medidas drásticas poderão ser impostas novamente.
"Se você ama a Itália, deve evitar o risco de espalhar a infecção: deve respeitar a distância de segurança", afirmou o primeiro-ministro Giuseppe Conte na noite de domingo, recomendando o uso de máscaras faciais mesmo em reuniões com familiares.
"Cientistas e especialistas nos dizem que pelo menos 1 em cada 4 infecções são registradas nas relações familiares", disse.
A máscara será obrigatória no transporte público e seu preço foi fixado em 50 centavos de euro por unidade. Além das máscaras cirúrgicas, as máscaras de tecido caseiro também podem ser usadas desde que cubram o nariz e a boca.
Os italianos poderão de deslocar para visitar parentes em outras regiões, respeitando as medidas de proteção, principalmente no caso de idosos.
No entanto, eles não podem realizar festas ou reuniões familiares com mais de 15 pessoas, que são proibidas.
Para se deslocar para outra região, devem apresentar uma declaração indicando o local e o motivo da viagem.
"Está proibido se deslocar para outras regiões, exceto por motivos de trabalho, situações de necessidade ou saúde", explicou.
Pessoas com sintomas de coronavírus, incluindo problemas respiratórios ou febre acima de 37,5° C, devem ficar em casa e reportar seu estado ao médico do serviço social.
As missas ainda estão proibidas, mas os funerais realizados em um cemitério ao ar livre e com um máximo de 15 pessoas foram autorizados.