Problemas econômicos vão piorar no Irã com propagação do vírus, diz aiatolá

O guia Supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, alertou neste sábado (27) que os problemas econômicos do país vão piorar, se o novo coronavírus se espalhar de maneira descontrolada, e lamentou que os esforços para contê-lo "tenham diminuído".

A República Islâmica, que registrou oficialmente os primeiros casos da COVID-19 em fevereiro, é o país mais afetado pela epidemia no Oriente Médio.

As autoridades cancelaram eventos públicos e fecharam escolas e lojas não essenciais em março. As restrições começaram a ser suspensas, progressivamente, a partir de abril, na tentativa de estimular uma economia já sufocada por sanções dos Estados Unidos.

"Em caso de negligência e propagação significativa da doença, os problemas econômicos vão-se agravar", afirmou o aiatolá Khamenei, em uma videoconferência com as autoridades judiciais, segundo seu site oficial.

"O sacrifício do pessoal de saúde e a cooperação global da população fizeram do Irã um dos países que mais conseguiram controlar a epidemia", lembrou Khamenei.

"Mas isso foi no começo (da epidemia) e agora, infelizmente, esses esforços diminuíram por parte de algumas pessoas e autoridades", lamentou o guia supremo.

A moeda iraniana atingiu seu nível mais baixo em relação ao dólar americano, nos últimos dias, devido à desaceleração da economia, ao fechamento de fronteiras e à interrupção das exportações não petrolíferas, apontam analistas.

Neste sábado, o Ministério iraniano da Saúde anunciou 2.456 novos casos de COVID-19 nas últimas 24 horas, elevando o total para 220.180. No mesmo intervalo, foram registradas 125 mortes, elevando para 10.364 o total de óbitos no país.

Os números oficiais mostram uma tendência de alta de novos casos desde o início de maio.

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