A seguir as principais reações ao anúncio de quinta-feira da normalização das relações entre Israel e Emirados Árabes Unidos após um acordo histórico negociado pelos Estados Unidos
A seguir as principais reações ao anúncio de quinta-feira da normalização das relações entre Israel e Emirados Árabes Unidos após um acordo histórico negociado pelos Estados Unidos.
"Hoje começa uma nova era nas relações entre Israel e o mundo árabe", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
"Em 1979, (Menahem) Begin assinou a paz com o Egito, em 1994 (Yitzhak) Rabin assinou com a Jordânia e tenho a honra de assinar em 2020 o terceiro acordo de paz com um país árabe", completou Netanyahu.
"A maioria dos países vai observar este acordo como um passo corajoso para chegar a uma solução de dois Estados, dando tempo às negociações", afirmou o ministro de Estado para as Relações Exteriores, Anwar Gargash, que anunciou a abertura de embaixadas "em breve".
"É um avanço enorme", afirmou o presidente Donald Trump, que chamou a normalização de "acordo de paz histórico entre nossos dois grandes amigos".
"Estados Unidos esperam que este passo ousado seja o primeiro de uma série de acordos que acabem com 72 anos de hostilidades na região", afirmou o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo.
A normalização das relações entre Israel e Emirados Árabes Unidos "não ajuda a causa palestina" e representa um "cheque em branco" para seguir adiante com "a ocupação" israelense, denunciou o movimento islamita palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
"Os dirigentes palestinos rejeitam o que foi feito pelos Emirados Árabes Unidos. É uma traição a Jerusalém e à causa palestina", afirmou em um comunicado a Autoridade Palestina de Mahmoud Abbas, que pediu uma reunião de emergência da Liga Árabe.
O acordo é uma "estupidez estratégica de Abu Dhabi e Tel Aviv que, sem dúvida, reforçará o eixo de resistência na região", afirmou o ministério iraniano das Relações Exteriores, em referência aos aliados de Teerã no Oriente Médio.