Um ex-comandante da guerrilha albanesa pró-independência compareceu nesta segunda-feira(28) a um tribunal especial em Haia para julgar crimes de guerra cometidos no Kosovo durante a guerra de independência
Um ex-comandante da guerrilha albanesa pró-independência compareceu nesta segunda-feira(28) a um tribunal especial em Haia para julgar crimes de guerra cometidos no Kosovo durante a guerra de independência.
Salih Mustafa, ex-comandante do Exército de Libertação do Kosovo (UCK), foi o primeiro suspeito a comparecer ao tribunal criado em 2015.
A promotoria anunciou na quinta-feira a prisão de Mustafa, 48 anos, acusado de assassinato e tortura. Ele está detido em um tribunal especial na Holanda.
Quando questionado pelo juiz Nicolas Guillou se queria se declarar culpado ou não, Mustafa respondeu: "Não vou depor hoje, vou consultar meu advogado".
O juiz declarou que Mustafa teria "ampla oportunidade de responder às acusações" ao longo do processo e adiou a audiência para a próxima semana.
Salih Mustafa é acusado de detenção arbitrária, tratamento cruel e tortura de pelo menos seis civis em um centro de detenção em abril de 1999 em Zllash, Kosovo, e do assassinato de um prisioneiro.
Como membro do UCK, ele atuou durante a guerra no norte do país. Ele então chefiou os serviços de inteligência das Forças de Segurança de Kosovo, uma força levemente armada que emergiu do UCK, quando foi desmilitarizado.
A guerra do Kosovo (1998 - 1999) entre as forças sérvias e a guerrilha independentista albanesa kosovar causou mais de 13.000 mortes, a maioria albaneses.
O conflito terminou quando uma campanha de bombardeio ocidental forçou a retirada das forças sérvias.
dk/cvo/lpt/es/eg/jc