O primeiro-ministro ucraniano, Oleksiy Goncharuk, que está no cargo há seis meses, apresentou sua renúncia e será substituído por alguns dos seus adjuntos, indicaram vários deputados do partido presidencial nesta terça-feira (03)
O primeiro-ministro ucraniano, Oleksiy Goncharuk, que está no cargo há seis meses, apresentou sua renúncia e será substituído por alguns dos seus adjuntos, indicaram vários deputados do partido presidencial nesta terça-feira (03).
Nenhuma confirmação oficial foi emitida pelo governo ou a presidência. A renúncia do primeiro-ministro tem que ser aprovada em votação no Parlamento.
Várias fontes da presidência e do governo ucraniano indicaram à AFP na última semana que o presidente Volodimir Zelenski, descontente com os maus resultados econômicos do governo, estava planejando substituir o seu primeiro-ministro que, com 35 anos, tinha se tornado o chefe de governo mais jovem na história do país.
Na segunda, Goncharuk desmentiu ter apresentado sua renúncia, mas admitiu que estavam previstas uma série de "consultas sobre esse tema" com o presidente.
Nesta terça à noite, a informação sobre a sua renúncia foi anunciada em uma reunião de deputados do partido presidencial com Zelenski, afirmou à AFP uma deputada da coligação, Ievgenia Kravchuk.
Essa decisão será validada pelo Parlamento na próxima quarta, prosseguiu.
Um dos vice-primeiro-ministros, Denys Chmygal, cuja candidatura tinha sido anunciada aos deputados pelo próprio Zelenski, será imediatamente nomeado chefe do governo, afirmou a deputada.
As mesmas informações foram anunciadas por outros dois deputados deste partido, citados pela agência Interfax-Ucrania. Segundo eles, vários ministros, entre os quais figuram o das Relações Exteriores, da Defesa, da Economia e de Finanças serão substituídos.
Zelenski foi eleito presidente em abril com a promessa de "mudar o sistema", acabar com a corrupção e afastar as velhas elites, consideradas corruptas e ineficazes.
O seu partido ganhou em julho as eleições legislativas antecipadas e formou um governo que incluía ministros sem experiência.
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