Pesquisadores britânicos anunciaram nesta terça-feira (16) "um avanço" no tratamento de pacientes de COVID-19, enquanto a China enfrenta um surto em Pequim
Pesquisadores britânicos anunciaram nesta terça-feira (16) "um avanço" no tratamento de pacientes de COVID-19, enquanto a China enfrenta um surto em Pequim.
A situação epidêmica na capital chinesa é "extremamente grave", afirmaram as autoridades municipais, que informaram 27 novos contágios que se somam a outros 100 detectados nos últimos dias.
A pandemia segue se propagando na América Latina e a Europa retorna com prudência a uma relativa normalidade.
O novo coronavírus matou mais de 436.000 pessoas no mundo e infectou mais de oito milhões desde que surgiu em dezembro.
Os responsáveis pelo ensaio clínico britânico Recovery descobriram que um medicamento da família dos esteroides, a dexametasona, reduziu em um terço a mortalidade de pacientes gravemente afetados pela COVID-19.
Após o anúncio, o governo do Reino Unido indicou que começará imediatamente a fornecer este esteroide.
"A dexametasona é a primeira droga a mostrar uma melhora na sobrevida", disseram os responsáveis pelo ensaio.
É um esteroide frequentemente prescrito para tratar reações alérgicas, asma e artrite reumatoide devido ao seu poderoso efeito anti-inflamatório.
"A dexametasona é barata, já está no mercado e pode ser usada imediatamente para salvar vidas", disse um dos responsáveis pelo Recovery, Dr. Peter Horby, da Universidade de Oxford.
A China, que havia controlado amplamente a epidemia, teme uma nova onda de contágios. Nos últimos cinco dias, houve mais de 100 pessoas infectadas em Pequim.
A situação da epidemia na capital chinesa é "extremamente grave", alertaram as autoridades.
Para conter o surto na capital de 21 milhões de habitantes, a prefeitura pediu aos cidadãos nesta terça-feira que evitem viagens "não essenciais" e aqueles que vivem em áreas de "alto ou médio risco" de infecção foram totalmente proibidos de sair da cidade.
Eles também anunciaram o fechamento de todas as escolas, faculdades e universidades, a maioria já reaberta.
A Organização Mundial da Saúde observa a China com cuidado e falou em enviar especialistas diante do temor de uma segunda onda epidêmica.