Santa Casa

Prevenção e diagnóstico no controle do glaucoma

Doença silenciosa é a segunda maior causa de cegueira irreversível

Da Redação
26/05/2023 às 07:05.
Atualizado em 26/05/2023 às 07:05
Oftalmologista Rafael Guena alerta sobre a prevenção e os cuidados com o glaucoma (Divulgação)

Oftalmologista Rafael Guena alerta sobre a prevenção e os cuidados com o glaucoma (Divulgação)

Estima-se que 80 milhões de pessoas no mundo tenham glaucoma, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), e que apenas metade delas, saibam que têm a doença, que é a segunda maior causa de cegueira, atrás somente da catarata. No Brasil, acomete cerca de 2% da população, atingindo mais de um milhão de pessoas no País. Nesta sexta-feira, 26 de maio, Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, o oftalmologista da Santa Casa de Piracicaba, Rafael Guena Jardim de Camargo (CRM 113.032), ressalta que a prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais para evitar a doença ou, no caso da confirmação, mantê-la controlada. 

“O glaucoma é uma neuropatia que acomete o nervo óptico e que gera as perdas de suas fibras nervosas. Quando falamos em glaucoma, falamos em fatores de risco que fazem a pessoa ter uma pré-disposição à doença. Entre as principais, está a pressão intraocular acima de 20, que é a responsável pela perda das fibras nervosas do nervo óptico e pelo avanço do glaucoma. Os fatores de risco são extremamente importantes e vale ressaltar que é uma doença de característica genética”, explica. 

De acordo com Guena, existem vários tipos de glaucoma. O mais comum é o de caráter insidioso, lento e progressivo, chamado de glaucoma primário de ângulo aberto. No entanto, existem outros casos que podem ocasionar o glaucoma como trauma ocular, uso de medicamentos, cataratas avançadas e aqueles que são muito mais raros, que são os glaucomas juvenis, em criança, congênito. “É importante alertar a população que o glaucoma de ângulo primário é o mais comum, incide em 95% dos casos”. 

O oftalmologista alerta sobre a prevenção e os cuidados já que o glaucoma tende a ser uma doença silenciosa. “É importante que as pessoas conheçam seu histórico familiar, e caso alguém tenha o diagnóstico da doença, iniciar o acompanhamento regular. Geralmente, as pessoas que têm glaucoma não sentem e nem percebem, pois não há dor ou alterações visuais e nem sinais que ela tem a doença. A percepção ocorre, quando o glaucoma já atingiu um avanço significativo”, explica. 

O glaucoma não tem cura e a pessoa, uma vez diagnosticada, precisa fazer acompanhamento médico de forma regular. “Diante do diagnóstico temos que frear e monitorar sua progressão. O tratamento se faz diante da regulação da pressão intraocular. Atualmente, os colírios atuam no controle e na redução dessa pressão e na melhora da drenagem do líquido dentro do olho. Em alguns casos, são necessárias cirurgias de glaucoma, que são válvulas naturais ou artificiais implantadas no olho para ajudar no monitoramento e controle da pressão ocular”, ressalta. 

Uma pessoa que tem glaucoma diagnosticado e abandona o tratamento por não ter sintomas, tem uma chance enorme de ter um destino relacionado à cegueira irreversível, alerta o oftalmologista. 

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