O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, acusado por seus adversários de subestimar a pandemia de Covid-19 em seu início, anunciou, nesta quarta-feira, que planeja retomar seus giros pelo país na próxima semana
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, acusado por seus adversários de subestimar a pandemia de Covid-19 em seu início, anunciou, nesta quarta-feira, que planeja retomar seus giros pelo país na próxima semana.
"A partir de segunda-feira, é muito provável que, com todos os cuidados, eu inicie um giro pelo país", indicou o presidente, 66, em sua conferência matinal. No dia citado, termina o prazo de confinamento sugerido por autoridades sanitárias para conter a transmissão do novo coronavírus no México.
"Se estou me cuidando aqui, também posso estar me cuidando em qualquer estado", afirmou López Obrador no palácio presidencial.
O anúncio é feito no momento em que o México ultrapassa 8 mil mortos pela doença, cifra que o governo havia projetado, no fim de abril, como número máximo de vítimas esperadas por causa do vírus. A cifra oficial de infectados chegou a 74.560 e as taxas de aumento diário são as maiores desde o início da emergência sanitária no país, de 120 milhões de habitantes.
López Obrador é alvo de críticas da oposição por sua estratégia frente à crise e por ter mantido sua agenda pública, com beijos e abraços em apoiadores, quando o país já registrava casos da doença.
Embora o presidente, esquerdista, tenha dito que a permissão das autoridades sanitárias para que ele viajasse "está em trâmite", ele antecipou seu itinerário. Planeja voar na segunda-feira para Cancún e, nos dias seguintes, inaugurar trechos e verificar os avanços em obras como o trem turístico conhecido como Trem Maia e a nova refinaria de Dos Bocas, no estado de Tabasco.
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