O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, assinalou nesta terça-feira que o país precisará de um "orçamento de guerra" em 2021 para lidar com os efeitos da pandemia, que já infectou 10
O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, assinalou nesta terça-feira que o país precisará de um "orçamento de guerra" em 2021 para lidar com os efeitos da pandemia, que já infectou 10.135 paraguaios.
"Temos um cenário desafiador e o orçamento é a melhor ferramenta que podemos ter para projetar uma estabilidade macroeconômica no futuro", disse o chefe de Estado.
Benítez anunciou ter pedido a seus técnicos a elaboração de um orçamento austero para o ano que vem, e prometeu uma execução rigorosa. Paralelamente, disse que busca consensos com os setores políticos e sindicatos para levar adiante o plano de reativação.
Coincidindo com o início do estudo do orçamento no Congresso, funcionários multiplicaram as manifestações diárias nas ruas para pedir aumento salarial, entre outras reivindicações.
"Não teremos receita. Neste momento de incertezas, o setor mais seguro é o setor público, que tem trabalho e receita certa. É uma guerra infrutífera, onde todos nós nos desgastamos", comentou o ministro da Fazenda, Benigno López. "Vocês têm que agradecer por terem trabalho. Não há possibilidade de atender as reivindicações, porque não há recursos."
Para o especialista Daniel Correa, ex-vice-ministro da Economia, o desemprego afetará cerca de 750 mil pessoas em dezembro, de uma força de trabalho de pouco mais de 3 milhões de pessoas.
Sindicatos de médicos e enfermeiras e de funcionários de diversas áreas da saúde exigem uma melhora das condições de trabalho e acusam o governo de corrupção nas compras e na distribuição de insumos para a pandemia. Também pedem a saída do ministro da Saúde, Julio Mazzoleni.
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