O presidente argelino, Abdemadjid Tebboune, prometeu nesta quinta-feira (18) à noite libertar dezenas de detidos no âmbito do movimento de protesto Hirak, e decidiu dissolver o Parlamento e convocar eleições legislativas antecipadas
O presidente argelino, Abdemadjid Tebboune, prometeu nesta quinta-feira (18) à noite libertar dezenas de detidos no âmbito do movimento de protesto Hirak, e decidiu dissolver o Parlamento e convocar eleições legislativas antecipadas.
"O "bendito Hirak" salvou a Argélia. Decidi conceder o perdão presidencial a cerca de trinta pessoas para as quais já haviam sido proferida uma decisão judicial e também a outras, cujo o veredito não foi anunciado. Entre 55 e 60 pessoas serão capazes de voltar para suas famílias hoje à noite ou amanhã", declarou ele em um discurso transmitido pela televisão.
Atualmente, existem cerca de 70 presos em conexão com os Hirak, de acordo com o Comitê Nacional para a Libertação de Detidos (CNLD), uma associação que os apoia.
O anúncio foi feito na véspera do segundo aniversário da revolta popular sem precedentes que levou o ex-presidente Abdelaziz Bouteflika a renunciar a um quinto mandato e deixar o poder.
Além disso, Tebboune decidiu "dissolver o Congresso Nacional do Povo (NPC) para convocar eleições", afirmando que deseja "abrir as portas à juventude".
As eleições legislativas, marcadas para 2022, serão realizadas antes do final do ano.
Além disso, o chefe de Estado anunciou que fará um reajuste ministerial "nas próximas 48 horas, no máximo".
Tebboune voltou da Alemanha há uma semana, onde foi tratado por complicações médicas pós covid-19. Desde então, se encontrou com seis partidos políticos, incluindo partidos da oposição.
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