INTERNACIONAL

Preocupação aumenta na Europa com novos casos de coronavírus

O aumento do número de casos na Alemanha, o avanço da doença na França e a propagação na Espanha provocam um alerta na Europa ante uma nova onda de COVID-19, uma pandemia que continua provocando muitos danos na América Latina

AFP
20/08/2020 às 09:03.
Atualizado em 25/03/2022 às 16:03

O aumento do número de casos na Alemanha, o avanço da doença na França e a propagação na Espanha provocam um alerta na Europa ante uma nova onda de COVID-19, uma pandemia que continua provocando muitos danos na América Latina.

Ao redor do planeta os governos intensificam as restrições para conter o vírus e começam a debater a aplicação obrigatória ou não de uma futura vacina.

A Europa, que adotou medidas drásticas em março para achatar a curva de propagação da doença, está em alerta com um possível novo surto, no momento em que as férias de verão (hemisfério norte) se aproximam do fim.

O Velho Continente registra mais de 211.300 mortes desde o início da pandemia.

A Alemanha registrou nas últimas 24 horas 1.707 novos infectados por coronavírus, o maior número desde abril, quando o país estava no pico da pandemia, de acordo com números oficiais publicados nesta quinta-feira.

As autoridades intensificam as advertências com o aumento dos casos de contágio, vinculados parcialmente ao retorno dos alemães que passaram férias no exterior. O país registrou mais de 228.000 casos em seu território desde o início da pandemia.

"A duplicação de casos adicionais observada a cada dia na Alemanha nas últimas três semanas constitui uma evolução que não deve continuar e que precisamos cortar", afirmou a chanceler Angela Merkel.

A situação levou o governo alemão a declarar praticamente todo o território da Espanha e parte dos Bálcãs, áreas preferenciais para os turistas alemães, como zonas de risco e adotar testes e quarentenas para os viajantes que retornam destas regiões.

Ma Espanha, o balanço de vítimas fatais semanais dobrou e chegou a 131, de acordo com os números de quarta-feira. Madri é novamente um foco importante da epidemia, com números que recordam os piores dias da crise de saúde. A capital e sua região contabilizaram quase 6.700 de casos nas últimas 24 horas, o que eleva o total a 370.000 desde o início da pandemia.

A Espanha é o país do oeste a Europa com mais novos contágios.

O ministério da Saúde decretou na semana passada o fechamento de discotecas e a proibição de fumar nas ruas quando não é possível manter uma distância de segurança de dois metros. O governo já havia determinado o uso obrigatório de máscara.

Na França, os contágios por COVID-19 também dispararam: nas últimas 24 horas foram registrados 3.700 novos casos, uma alta que não acontecia desde maio.

Para tentar frear o avanço, as autoridades estão ampliando a obrigatoriedade do uso de máscara em mais regiões e cidades.

Neste contexto, o retorno às aulas presenciais em vários países, dentro de algumas semanas, virou uma questão complexa que preocupa as famílias e os professores. Em Madri, por exemplo, os sindicatos convocaram uma greve dos professores e criticaram a "inação" no preparo do retorno às aulas.

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