O prefeito de Portland, Ted Wheeler, no estado de Oregon, ficou no meio de um protesto reprimido com gás lacrimogêneo na noite de quarta-feira (22), quando se reuniu com manifestantes que protestavam contra a violência policial e o envio de agentes federais ordenado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
O prefeito de Portland, Ted Wheeler, no estado de Oregon, ficou no meio de um protesto reprimido com gás lacrimogêneo na noite de quarta-feira (22), quando se reuniu com manifestantes que protestavam contra a violência policial e o envio de agentes federais ordenado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O prefeito democrata, que usava óculos de proteção e máscara, foi escoltado para longe da multidão em meio a uma nuvem de gás, mostram as imagens da AFP.
"Não vou mentir, dói. É difícil respirar", disse ao jornal The New York Times. "E posso dizer com toda a honestidade, não vi nada que justificasse" o uso de gás lacrimogêneo, acrescentou, referindo-se a uma "reação desproporcional dos agentes federais" e até a uma "guerra urbana".
A polícia da cidade afirmou que os manifestantes jogaram bengalas e garrafas incendiárias contra o tribunal federal, causando pequenos incêndios.
Wheeler é criticado por muitos manifestantes em Portland porque a polícia costumava usar gás lacrimogêneo no passado para reprimir os protestos, até um juiz limitar essa prática.
Milhares de manifestantes voltaram a protestar na noite de quarta-feira na cidade de Oregon, retomando um movimento que começou, como em outras partes do país, após a morte do americano negro George Floyd no final de maio, sufocado por um policial branco.
Os protestos se intensificaram quando a polícia federal chegou em Portland. Em vários videos publicados nas redes sociais, é possível ver os policiais, com uniforme paramilitar e sem distintivos ou veículos com identificação visível, alimentando a indignação popular.
Trump, que promove o restabelecimento da "ordem", anunciou na quarta-feira que reforçará a quantidade de policiais federais em Chicago e outras cidades diante da escalada do crime dos tiroteios.
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