As acusações de assédio sexual contra o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, devem ser investigadas de forma "completa e independente", disse nesta quinta-feira (25) o prefeito da cidade de Nova York, Bill de Blasio, fazendo coro a vários parlamentares locais
As acusações de assédio sexual contra o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, devem ser investigadas de forma "completa e independente", disse nesta quinta-feira (25) o prefeito da cidade de Nova York, Bill de Blasio, fazendo coro a vários parlamentares locais.
Em um post publicado nesta quarta, Lindsey Boylan, uma ex-assessora econômica do governador, de 36 anos, acusou Cuomo, de 63, de tê-la assediado sexualmente enquanto trabalhava em sua gestão, entre 2015 e 2018.
Atual candidata à presidência do distrito de Manhattan, Boylan afirma que Cuomo a beijou na boca à força, sugeriu um jogo de "strip poker" e fez vários esforços para "tocar suas costas, braços e pernas".
"O governador criou uma cultura dentro de seu governo em que o assédio e a intimidação eram tão frequentes que não apenas eram tolerados, como esperados", escreveu em um blog.
"Precisamos de uma investigação completa e independente, essas são acusações sérias", declarou o prefeito democrata de NY, que tem relações difíceis com Cuomo, também democrata e cuja sede de governo fica em Albany, na capital do estado.
"Devemos conhecer a verdade, a verdade estabelecida por um investigador ou uma entidade de investigação (...) que não sinta que não tem autorização para buscar a verdade", acrescentou De Blasio.
O governador não fez comentários após a publicação do texto de Boylan. Quando ela fez suas acusações pela primeira vez, em dezembro, Cuomo alegou que eram falsas.
A retomada dessas denúncias chega em um momento ruim para Cuomo, cujo mandato termina em 2022: se no começo da pandemia desfrutava de alta popularidade, agora recebe críticas de todos os lados.
Entre outras coisas, afirma-se que ele minimizou o número de mortos pelo coronavírus em lares de idosos no estado de NY, que tem cerca de 20 milhões de habitantes. Uma investigação federal preliminar foi aberta.
O parlamentar Ron Kim, por sua vez, o acusa de ter ameaçado "destruí-lo" por criticar sua administração das casas de repouso.
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