O Programa Mundial de Alimentos (PMA) disse, nesta terça-feira (16), que os preços de alimentos e combustíveis em Mianmar dispararam desde o golpe militar, o que ameaça piorar as condições de vida dos mais vulneráveis
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) disse, nesta terça-feira (16), que os preços de alimentos e combustíveis em Mianmar dispararam desde o golpe militar, o que ameaça piorar as condições de vida dos mais vulneráveis.
O preço do óleo de palma subiu 20% na região de Yangon, a maior cidade do país, desde o golpe de Estado de 1º de fevereiro que derrubou Aung San Suu Kyi e gerou uma onda de protestos reprimidos com violência.
Já os preços do arroz nos subúrbios de Yangon e Mandalay, a segunda cidade birmanesa, aumentaram 4% desde o final de fevereiro, de acordo com o PMA, uma agência das Nações Unidas.
Em todo país, os preços do arroz subiram 3% entre meados de janeiro e meados de fevereiro. Em nível local, dispararam entre 20% e 35%.
Os preços das verduras subiram 15% entre janeiro e fevereiro no subúrbio de Maungdaw, no estado Rakain (norte), e o preço médio do óleo de cozinha disparou 27% no mesmo estado, vizinho de Bangladesh, entre janeiro e fevereiro.
"Esses primeiros sinais são preocupantes, especialmente para os mais vulneráveis que já viviam por dia de uma refeição para a outra", disse o chefe do PMA em Mianmar, Stephen Anderson.
"Junto com a pandemia da covid-19, esta inflação, se continuar, vai minar gravemente a capacidade dos mais pobres e vulneráveis de colocar comida suficiente na mesa de casa", acrescentou.
Os preços dos combustíveis também aumentaram drasticamente, 15% desde o golpe militar.
O PMA explicou que está acumulando reservas emergenciais de alimentos para ajudar mais de 360.000 pessoas no país. A maioria é de deslocados que vivem em acampamentos.
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