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Praias no Rio Piracicaba com os bancos de areia

Vazão de água do nosso maior símbolo está 51,66 % abaixo da média

Adriana Ferezim
adriana.ferezin@gazetadepiracicaba.com.br
23/08/2019 às 09:28.
Atualizado em 27/04/2022 às 22:50

Rio muito baixo. Na Região do Bongue, os bancos de areia impressionam; a água praticamente sumiu do leito do Piracicaba (Adriano Rizzo )

Sexta-feira, 23 de agosto de 2019 A estiagem e as Barragens à montante no Piracicaba reduzem a quantidade de água no Rio e permite que a população se aproxime do leito nos bancos de areia que ficam aparentes, principalmente na Região do Bongue. O fato também dificulta a navegação e gera preocupação com a vida dos peixes. Nesta quinta-feira (22), às 7 horas, a vazão de água estava em 25,87 metros cúbicos de água por segundo (m3/s), 51,66% abaixo da média histórica para o mês de agosto que é de 53,52 m3/s, conforme dados do Boletim da Sala de Situação PCJ do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE). Para essa sexta-feira (23), está prevista chuva para a cidade, mas em pouca quantidade, isto é, oito milímetros. "Essa chuva ajuda, mas o ideal mesmo era que as Barragens liberassem água para manter a vazão do Rio em, pelo menos, 30 m3/s. Dessa forma, com mais água no Rio, a poluição dilui mais e não há risco de mortandade de peixes", afirmou o navegador Luís Fernando Magossi, o Gordo. Segundo ele, no último sábado, a medição que ele fez da lâmina de água na altura da Rua do Porto era de 42 centímetros. "Nessa quinta-feira, baixou para 38 centímetros. Vou continuar navegando, porque é meu trabalho, mas preciso fazer manobras para levantar o motor e poder passar pelas pedras", explicou. Apesar da aparência crítica, Gordo relatou que como choveu em alguns dias em julho, isso melhorou a situação, mas o risco para os peixes ainda é grande.  "Se o Rio continuar muito baixo, quando vier uma primeira grande chuva, ela vai chegar ao Rio trazendo toda a sujeira e poluição acumulada nos bueiros da cidade e a força da água vai revirar a matéria orgânica (também chamada de lodo) depositada no fundo do Rio. Com isso, a oxigenação da água fica prejudicada e muitos peixes morrem. É possível evitar, mas é preciso destinar mais água para o Rio. No entanto, o abastecimento público tem prioridade. É justo, mas tem muito peixe no Rio", comentou. Há oito anos, ele mantém um projeto em parceria com empresa de soltura de peixes no Rio. "A piracanjuba voltou, pacu, tem muito dourado, tilápia e, em novembro, pretendemos soltar tabarana, que já foi extinta no Piracicaba. Chuva acumulada O Boletim Diário da Sala de Situação PCJ relata que a chuva acumulada no mês de agosto até as 7 horas desta quinta-feira era de 1,50 milímetro. Essa quantidade representa 4,6% da média história para o mês que é 32,63 milímetros, acumulada. No mês passado, a chuva acumulada no mês foi de 47,50 milímetros. O nível do rio era de 1,14 metro, às 7 horas desta quinta-feira. A previsão do Climatempo é de que há 89% de chance de chover nessa sexta-feira, em Piracicaba.

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