O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, pediu nesta quarta-feira (9) às universidades de seu país para vigiar a ajuda procedente da China e aos seus estudantes, alertando que Pequim estava determinada a roubar inovações
O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, pediu nesta quarta-feira (9) às universidades de seu país para vigiar a ajuda procedente da China e aos seus estudantes, alertando que Pequim estava determinada a roubar inovações.
O secretário de Estado, conhecido por sua dura posição sobre a China, fez um discurso durante uma visita ao estado da Geórgia, que abriga uma crescente comunidade asiática-americana e onde serão realizadas em janeiro duas eleições-chave para o controle do Senado.
Pompeo declarou que Estados Unidos deveria acolher os chineses que quiserem estudar "realmente" no país, mas lembrou dois casos de estudantes do gigante asiático acusados de espionagem e outros exemplos em que Pequim acusou seus estudantes no exterior.
"Se não educamos a nós mesmos, se não somos honestos sobre o que está acontecendo, seremos educados por Pequim", disse Pompeo no Instituto Tecnológico da Georgia.
"O Partido Comunista chinês sabe que nunca poderá alcançar nossa inovação", acrescentou. "Por isso enviam cerca de 400.000 estudantes por ano" aos Estados Unidos.
O secretário de Estado reiterou seu pedido para fechar os Institutos Confucio, centros financiados por Pequim nos quais são oferecidas aulas de chinês e aos quais Washington acusa de divulgar propaganda chinesa.
"Precisamos de administradores que fechem os Institutos Confucio e investiguem o que fazem realmente os chamados grupos de estudantes apoiados pelo dinheiro do Partido Comunista chinês", disse Pompeo.
"Não podemos permitir que esse regime tirânico roube nossas coisas para desenvolver seu poderio militar, que lave o cérebro de nosso povo ou compre nossas instituições para que lhe ajudem a cobrir essas atividades", acrescentou.
Citando dados do Departamento de Educação, Pompeo afirmou que as universidades americanas receberam 1,3 bilhão de dólares da China desde 2013, e acusou as grandes instituições educativas de fornecer dados inferiores aos reais.
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