Procurado, pego num condomínio que fica na divisa entre Piracicaba e Limeira, confessou sua participação na presença de advogado
Capturado após quase um mês em que vinha sendo procurado, “Vini” confessou seu envolvimento em parte do crime, segundo a delegada (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)
A delegada de Polícia Civil Juliana Ricci, chefe da 3ª Delegacia de Homicídios, uma das unidades que fazem parte da Deic (Divisão Especializada em Investigações Criminais), de Piracicaba, prendeu ontem de manhã Marcos Vinicyus Sales de Oliveira, 22, o “Vini”, que vinha sendo procurado há quase um mês pelo envolvimento na morte do milionário da Mega-Sena, Jonas Lucas Alves Dias, 55, ocorrida em Hortolândia.
O procurado, pego num condomínio que fica na divisa entre Piracicaba e Limeira, confessou sua participação na presença de advogado. Porém, ele nega que tenha colocado as mãos na vítima - só diz que pegou o cartão bancário dela, com senha, e ativou o aplicativo para fazer saques.
“Vini” é o quinto suspeito preso desde o início das investigações, sendo o quarto homem preso semana passada com uma arma de fogo no carpete do carro. Para a captura de “Vini”, a delegada reuniu todos os policiais civis da Deic e ainda contou com apoio do helicóptero Pelicano da Polícia Civil de São Paulo.
“Vini”, segundo a delegada, é investigado desde o início e estava com a camionete S-10 prata que foi vista no local do crime quando houve o sequestro de Jonas Lucas.
“Com as investigações foi identificado que o usuário da S-10 era este que é chamado pelos colegas de grupo de Vini”, explicou Juliana. “Identificamos, ainda, que o Fiesta preto era do homem que foi preso semana passada”, acrescentou.
“Vini”, segundo apurou a delegada, estava escondido com ajuda de outras pessoas. No momento em que os policiais chegaram à chácara, ele colocou fogo em seu celular. A polícia irá tentar recuperar dados do aparelho.
Ontem, fez um mês que a delegada está no caso e ela disse não descartar a possibilidade de haver mais pessoas envolvidas no crime, mas, neste momento, os cinco permanecem presos.
Função de cada um
O núcleo dos criminosos, segundo mostra a investigação, funcionava da seguinte maneira: a Rebeca (transexual) teria fornecido documentos para abertura da conta, o “Gordo” seria o responsável pela abertura da conta e, inclusive, forneceu endereço da casa dele.
Com a conta aberta, “Vini” deu a execução material do crime com o homem que foi preso semana passada. Rogério, o primeiro a ser preso, seria o comparsa do “Gordo”. Todos aparecem em imagens obtidas pela polícia.
Até metade de novembro, Juliana estará concluindo o inquérito e fazendo os indiciamentos.