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Polêmica na Itália por conta da libertação de mafiosos devido ao coronavírus

A libertação pelo coronavírus de mais de 300 mafiosos idosos e doentes, detidos em vários presídios da Itália, provocou fortes controvérsias, o que forçou o Ministério da Justiça a revogar sua decisão

AFP
12/05/2020 às 15:27.
Atualizado em 30/03/2022 às 00:09

A libertação pelo coronavírus de mais de 300 mafiosos idosos e doentes, detidos em vários presídios da Itália, provocou fortes controvérsias, o que forçou o Ministério da Justiça a revogar sua decisão.

Cerca de 376 mafiosos e traficantes de drogas foram libertados em março e estão em prisão domiciliar por motivos de saúde e risco de coronavírus.

Entre eles estão personalidades sombrias da temida organização criminosa siciliana, como o poderoso chefe da Cosa Nostra, Francesco Bonura, de 78 anos, e Franco Cataldo, de 85 anos, condenado à prisão perpétua pelo sequestro e homicídio do menino Giuseppe Di Matteo.

Os juízes estavam prestes a examinar os pedidos de libertação de outros 456 mafiosos, revelou o jornal Repubblica nesta quinta-feira.

O caso desencadeou fortes tensões entre os partidos e o governo, de modo que o ministro da Justiça, Alfonso Bonafede, tevo que voltar atrás.

O governo deve aprovar em pouco tempo um decreto de lei para que os 376 mafiosos sejam novamente transferidos às prisões.

As autoridades judiciais consideraram no início da emergência de saúde que os presos com mais de 70 anos poderiam sair da prisão caso sofressem de problemas de saúde, devido ao fato de correrem o risco de se infectar com a COVID-19.

No entanto, não foi especificado que os condenados por crimes graves de máfia deveriam ser excluídos.

O ministro da Justiça, por sua vez, enfatizou que solicitará aos juízes anti-mafia que revisem e revoguem todos os casos de libertação.

bur-kv/mbaa

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