Positivado é um homem sem histórico de viagem ao exterior
De acordo com o ministro Queiroga, inicialmente, serão contemplados os casos mais graves (Divulgação)
No fim de semana foi confirmado o primeiro caso da Monkeypox (MPXV), conhecida como varíola dos macacos, em Piracicaba. A informação foi divulgada pelo governo do estado de São Paulo e confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
O paciente é um homem de 38 anos, residente na cidade, sem histórico de viagem ao exterior. O paciente já foi notificado e tem o tratamento acompanhado pelo Cedic (Centro de Doenças Infectocontagiosas). No momento, a cidade tem um caso suspeito para a doença em investigação.
A Pasta reforça que o vírus da Monkeypox faz parte da mesma família da varíola e é importante lembrar que o atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. “A transmissão ocorre entre pessoas e o atual surto tem prevalência de transmissão de contato íntimo e sexual”, explica o secretário de Saúde, Filemon Silvano.
Para se prevenir da Monkeypox é necessário tomar alguns cuidados muito importantes, como evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele; evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém com a doença; fazer a higienização das mãos com água e sabão e uso de álcool em gel; não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais; fazer o uso de máscaras, protegendo contra gotículas e saliva, entre casos confirmados e contactantes.
O principal sintoma é o surgimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas que podem surgir no rosto, dentro da boca ou em outras partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais ou ânus; caroço no pescoço, axila e virilhas; febre; dor de cabeça; calafrios; cansaço; e dores musculares.
Outras informações sobre a doença podem ser obtidas diretamente no Cedic, à rua do Trabalho, 634, Vila Independência, ou pelo telefone (19) 3437-7800.
Tratamento
O período de incubação do MPXV é tipicamente de seis a 16 dias, mas varia de cinco a 21 dias. O período de transmissibilidade ocorre a partir do início dos sintomas até o desaparecimento das crostas.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), não existem tratamentos específicos para a infecção pelo MPXV, já que os sintomas da doença geralmente desaparecem espontaneamente.
O tratamento é sintomático e envolve a prevenção e tratamento de infecções bacterianas sintomáticas. Ainda, de acordo com a OMS, a vacinação contra a varíola demonstrou ajudar a prevenir ou atenuar a varíola causada pelo MPXV, com uma eficácia de 85%.
Antiviral para tratar varíola dos macacos
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou ontem, pelo Twitter, que o Brasil receberá, por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o antiviral Tecovirimat para “reforçar o enfrentamento ao surto” de varíola dos macacos.
“Serão contemplados casos mais graves em um primeiro momento”, adiantou. O Tecovirimat tem sido oferecido como opção de “uso compassivo (autorização de uso de medicamento novo por agência reguladora, ainda sem registro definitivo)” nos Estados Unidos. Entretanto, ainda não há dados que demonstrem a eficácia do antiviral para o tratamento da varíola dos macacos. Números
Segundo dados do Ministério da Saúde, até o dia 31, 1.342 casos de varíola dos macacos foram registrados no país. Na última sexta (29) a pasta confirmou a primeira morte pela doença no Brasil.
A vítima era um homem, de 41 anos. Ele estava internado em Belo Horizonte (MG) e tinha comorbidades que podem ter prejudicado o quadro clínico. O Ministério da Saúde investiga as circunstâncias da morte. (Com ABr)