INTERNACIONAL

Pfizer, uma empresa de 171 anos na corrida pela vacina contra a covid-19

A Pfizer, em associação com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech, acaba de anunciar um grande avanço no desenvolvimento de uma vacina contra a covid-19

AFP
12/11/2020 às 17:39.
Atualizado em 24/03/2022 às 08:24

A Pfizer, em associação com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech, acaba de anunciar um grande avanço no desenvolvimento de uma vacina contra a covid-19. Confira a seguir alguns dados sobre este laboratório com um passado robusto.

Fundada por dois primos originários da Alemanha, Charles Pfizer, um químico, e Charles Erhart, um confeiteiro, em um prédio de tijolos vermelhos do bairro do Brooklyn, em Nova York, a Pfizer se apresentou à sociedade com um medicamento contra parasitas intestinais com aroma de amêndoas.

A empresa aproveitou a demanda por desinfetantes e analgésicos durante a Guerra Civil (1861-1865) para dobrar sua receita.

Fabricante de produtos químicos e medicamentos, desenvolveu técnicas para produzir maciçamente o ácido cítrico, utilizado em particular em refrescos, e depois a penicilina durante a Segunda Guerra Mundial.

O grupo vendeu seu primeiro medicamento com a marca Pfizer em 1950, o antibiótico de amplo espectro Terramicina, antes de se expandir nos anos seguintes, tanto no âmbito internacional quanto no setor de medicamentos para animais.

O Viagra, medicamento lançado em 1998 para tratar a disfunção erétil, é provavelmente o produto mais conhecido do laboratório, juntamente com o antidepressivo Xanax e o anticolesterol Lipitor.

O grupo oferece medicamentos destinados ao tratamento do câncer, de doenças cardiovasculares e neurológicas, destinados tanto a pacientes particulares quanto a hospitais.

Alguns de seus maiores sucessos de venda atuais (que rendem mais de 1 bilhão de dólares por ano) incluem o anticoagulante Eliquis, os tratamentos para o câncer Ibrance e Xtandi, a vacina antipneumocócica Prevnar 13/Prevenar 13 e os produtos para o tratamento para a poliartrite reumatoide Xeljanz e Enbrel.

A Pfizer tem gerado de forma regular há dez anos um volume de negócios de mais de 50 bilhões de dólares por ano, sem um avanço significativo, no entanto, devido à falta de um novo medicamento revolucionário que impulsione as vendas.

Seus ganhos no ano passado foram de 16,3 bilhões de dólares. O laboratório gastou cerca de 8,7 bilhões de dólares em 2019 em pesquisa e desenvolvimento, mas regularmente compra ou se aproxima de outras companhias para completar sua carteira de produtos.

Em 2019, por exemplo, anunciou a fusão de sua atividade de medicamentos não patenteados ao grupo farmacêutico Mylan para criar uma gigante mundial no setor dos genéricos.

A empresa emprega aproximadamente 88.000 pessoas em todo o mundo e vende seus produtos em 125 países.

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