A gigante americana Pfizer e sua sócia alemã BioNTech confirmaram que buscarão uma aprovação nesta sexta-feira (20) para lançar antecipadamente sua vacina contra a covid-19, em um momento em que a expansão dos contágios força novas restrições nos Estados Unidos e outros países
A gigante americana Pfizer e sua sócia alemã BioNTech confirmaram que buscarão uma aprovação nesta sexta-feira (20) para lançar antecipadamente sua vacina contra a covid-19, em um momento em que a expansão dos contágios força novas restrições nos Estados Unidos e outros países.
O mundo deposita suas esperanças nos cientistas para deter a pandemia, mas uma segunda onda de casos está provocando uma retomada dos confinamentos e restrições que afundaram a economia global no início do ano.
Os primeiros sinais tangíveis de alívio começaram a chegar nesta sexta-feira, quando a aliança Pfizer/BioNTech confirmou que apresentará uma solicitação para que se autorize a comercialização de sua vacina contra a covid-19 para a americana Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA).
"Nosso trabalho para oferecer uma vacina segura e eficaz nunca foi tão urgente", disse o diretor-executivo da Pfizer, Albert Bourla. "A solicitação nos Estados Unidos representa um passo crucial em nosso caminho para oferecer uma vacina contra a covid-19 ao mundo".
O diretor científico da operação americana para desenvolver uma vacina disse que o sinal verde definitivo provavelmente chegaria em dezembro.
Enquanto isso, América Latina e Caribe continua sendo a região com mais mortos no mundo, com mais de 430.000. É também a segunda região com mais casos (12,2 milhões), depois da Europa que soma 15,8 milhões de contágios.
Na quinta-feira, o México superou as 100.000 mortes por covid-19 em meio a um aumento dos casos, embora as autoridades afirmem que as mortes tendem a diminuir e que se devem principalmente à pré-existência de "doenças crônicas".
O país, de 129 milhões de habitantes, está "em um ponto em que não vemos uma fase descendente clara, não sabemos até onde vai" o vírus, disse à AFP Malaquías López, epidemiologista e ex-funcionário da secretaria de Saúde.
BioNTech/Pfizer e a empresa Moderna lideram a corrida mundial para encontrar uma vacina.
A presidente da Comissão da União Europeia, Ursula von der Leyen, disse que o bloco também poderia aprovar ambas as vacinas antes do fim do ano
O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, disse nesta sexta-feira que espera que "uma parte substancial" da população de mais de 47 milhões de pessoas esteja vacinada até meados de 2021.
Mas um alívio imediato não está próximo e a nova onda da pandemia está afetando muitas regiões com mais força que a primeira.
As mortes em nível mundial se aproximam dos 1,4 milhão e o total de casos de 57 milhões, embora os números reais sejam desconhecidos, já que os países têm diferentes métodos e muitos casos não são detectados.
Os contágios na Índia superaram os nove milhões e o país é agora o segundo mais afetado do mundo, depois dos Estados Unidos.