Os preços do petróleo caíram nesta segunda-feira (21), arrastados pela decisão de vários países de cortar toda a ligação com o Reino Unido, devido a uma mutação do novo coronavírus, limitando as perspectivas de reativação econômica
Os preços do petróleo caíram nesta segunda-feira (21), arrastados pela decisão de vários países de cortar toda a ligação com o Reino Unido, devido a uma mutação do novo coronavírus, limitando as perspectivas de reativação econômica.
Por volta das 11h de Brasília, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em fevereiro recuava 4,07%, a 50,24 dólares em Londres, enquanto o "light sweet" (WTI) americano para janeiro perdia 3,63% em Nova York, a 47,32 dólares.
"O mercado está focado na nova variante da covid-19", detectada no Reino Unido, que ofusca o acordo do Congresso americano sobre um plano de apoio à economia, explicou Stephen Brennock, analista na PVM.
Afetado por uma cepa do novo coronavírus que muitos especialistas afirmam ser mais contagiosa, o Reino Unido se viu isolado nesta segunda após a decisão de vários países de suspenderem ou restringirem suas conexões com a nação.
"A demanda de petróleo a curto prazo acaba de receber um grande golpe, a incerteza sobre os próximos meses aumentou", avaliou Edward Moya, analista em Oanda.
As proibições para se deslocar provocadas pela pandemia de covid-19 já fizeram cair brutalmente os preços do petróleo este ano com os consumidores confinados sem poder usar seus carros ou pegar aviões.
Ao mesmo tempo, a Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, entre eles a Rússia, decidiram limitar sua produção para evitar inundar o mercado, embora prevejam aumentar pouco a pouco suas extrações.
"Se as flutuações (dos preços do petróleo, ndr) são baixas, não há nada ruim nisso", afirmou nesta segunda-feira o primeiro-ministro russo encarregado da energia, Alexandre Novak, durante uma videoconferência, mas se a amplitude dos movimentos alcança a do começo de 2020, "ações conjuntas beneficiarão a todos".
A nova cepa do coronavírus apagou, pelo menos parcialmente, as esperanças de uma retomada da demanda com as campanhas de vacinação que estão começando e que tinham levado o petróleo a registrar uma alta de mais de 40% desde os primeiros anúncios no começo de novembro.
Também ofuscou para os investidores o acordo alcançado no Congresso americano na noite de domingo sobre o plano de apoio à economia, que poderia aportar até 900 bilhões de dólares no mercado do primeiro consumidor de petróleo do mundo.
"O mercado do petróleo se projetava demais no futuro, ignorando o presente" e as dificuldades da economia com as campanhas de vacinação estão apenas começando, avaliou Brennock, da PVM.
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