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Pesquisas avançam para encontrar um tratamento contra a COVID-19

Os primeiros grandes estudos clínicos sobre um tratamento para a COVID-19 começarão a mostrar seus resultados nos próximos dias, afirmaram cientistas franceses, enquanto outros experimentos são lançados nesta corrida contra o tempo para conter a pandemia

AFP
07/04/2020 às 16:18.
Atualizado em 31/03/2022 às 03:39

Os primeiros grandes estudos clínicos sobre um tratamento para a COVID-19 começarão a mostrar seus resultados nos próximos dias, afirmaram cientistas franceses, enquanto outros experimentos são lançados nesta corrida contra o tempo para conter a pandemia.

Com 1,35 milhão de casos confirmados e mais de 77.000 mortos em todo o mundo, o tempo é curto para encontrar um tratamento para a COVID-19, que também não tem vacina.

Se um dos tratamentos testados for "extremamente eficaz", este "pode vir à luz em poucas semanas", antes do fim de maio, estimou Gilles Bloch, responsável pelo Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França.

Uma pista científica estudada na China, Estados Unidos e desde esta terça-feira na França baseia-se na transfusão do plasma sanguíneo de pessoas curadas, que desenvolveram anticorpos contra o novo coronavírus, para pessoas doentes.

Este método se mostrou eficaz em estudos de pequena escala contra outras doenças infecciosas, como o Ebola e o SRAS.

Cada doação de plasma poderia "salvar três ou quatro vidas", segundo Eldad Hod, especialista em transfusões que lidera este estudo no hospital Irving da Universidade Columbia, em Nova York.

A prioridade científica é saber se os medicamentos já existentes podem ser eficazes.

Na Europa, o estudo Discovery, lançado em 22 de março em sete países como Espanha e França, verifica a eficácia de quatro tratamentos: o antiviral remdesivir, a associação lopinavir/ritonavir, estes dois retrovirais combinados com interferon beta, e a hidroxicloroquina, derivada da cloroquina, usado contra a malária.

Os primeiros resultados são esperados esta semana, de acordo com os Hospitais Civis de Lyon na França, onde trabalha a infectologista que comanda o estudo, Florence Ader.

Para conter a "tempestade inflamatória" vista nas formas graves da doença, os pesquisadores também tentam outros tratamentos, como os anticorpos monoclonais.

Estes são criados com ratos geneticamente modificados para dar-lhes um sistema imunológico "humanizado". Expostos a vírus vivos ou atenuados, produzem anticorpos humanos, multiplicados posteriormente em laboratório.

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