O governo peruano estendeu nesta quarta-feira até 28 de fevereiro a quarentena obrigatória em Lima e outras regiões onde as infecções por covid-19 continuam aumentando
O governo peruano estendeu nesta quarta-feira até 28 de fevereiro a quarentena obrigatória em Lima e outras regiões onde as infecções por covid-19 continuam aumentando.
"Decidimos prorrogar por 14 dias as medidas de confinamento", anunciou a chefe de Gabinete, Violeta Bermúdez, ao final de uma reunião do Conselho de Ministros.
A quarentena em Lima e em outras nove regiões do país começou no dia 1º de fevereiro e duraria até o dia 14. No entanto, o governo optou por prolongá-la, porque "a situação de risco extremo continua" em várias áreas, disse Bermúdez.
O confinamento visa reduzir as infecções por covid-19, que passaram de 1.688 por dia em média no final de dezembro para 6.923 na última semana.
A restrição inclui metade dos 33 milhões de peruanos, mas o número será ligeiramente reduzido na segunda-feira, já que em algumas províncias o confinamento vai acabar devido à diminuição das infecções, explicou Bermúdez.
Bermúdez afirmou ainda que durante o confinamento o número de passageiros nos ônibus públicos de Lima caiu 37%, mas "persistem as aglomerações de pessoas", o que contribui para novas infecções.
A quarentena destinada a conter a segunda onda da pandemia foi um duro golpe para os restaurantes. Agora, eles só podem vender para entrega em domicílio e retirada no local.
O Peru acumula mais de 1,2 milhão de casos de coronavírus e 42.000 mortes.
Com a segunda onda, que estourou no final de dezembro, os hospitais peruanos ficaram saturados, com mais de 13.800 pacientes com covid-19, em meio a uma aguda escassez de oxigênio medicinal.
A ministra da Saúde, Pilar Mazzetti, disse que 20% da demanda de oxigênio continua insatisfeita.
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