Do pioneiro Joel Camargo no início dos anos 1970 a Neymar, os jogadores brasileiros deram um ritmo especial aos 50 anos do Paris Saint-Germain, escrevendo algumas das páginas mais importantes da história do clube francês, que neste domingo pode conquistar a Copa dos Camepões pela primeira vez
Do pioneiro Joel Camargo no início dos anos 1970 a Neymar, os jogadores brasileiros deram um ritmo especial aos 50 anos do Paris Saint-Germain, escrevendo algumas das páginas mais importantes da história do clube francês, que neste domingo pode conquistar a Copa dos Camepões pela primeira vez.
Ao marcar o gol do empate com o italiano Atalanta (2 a 1) nas quartas de final do torneio continental e depois liderar o caminho para a decisão ao marcar na semifinal contra o alemão RB Leipzig (3 a 0), Marquinhos está brilhando em Lisboa, perpetuando a tradição das estrelas brasileiras nessa equipe.
Depois de Raí, Ronaldinho Gaúcho ou mesmo Thiago Silva, "Marqui" se prepara para entrar na história do clube parisiense.
No total, 31 jogadores do Brasil vestiram a camisa vermelha e azul do time francês, tornando o país sul-americano o maior fornecedor de jogadores estrangeiros na história do PSG.
Nas primeiras duas décadas de vida do clube, apenas três brasileiros foram contratados pela equipe. Mas tudo se acelerou no início dos anos 1990.
"Foi a chegada do Ricardo Gomes (em 1991) que abriu as portas para o Geraldão e para mim. Funcionou bem e isso permitiu a vinda dos outros", disse à AFP Valdo, ex-jogador do Grêmio e Cruzeiro, que esteve em duas Copas do Mundo (1986 e 1990) e um dos primeiro grandes nomes do futebol brasileiro a jogar pelo PSG (1991-1995).
"Por exemplo, quando o PSG nos disse que precisava de um jogador brasileiro, propus o Raí. Disse para eles que tinha certeza de que daria certo. Agora essa história continua, tem o Neymar, o Thiago Silva, o Marquinhos ...", enumera, sem esquecer Leonardo, o ex-jogador (1996-1997) que mais tarde se tornou diretor de esportivo (2011-2013 e depois em 2019).
A passagem de Raí (1993-1997) foi um divisor de águas no time da capital francesa.
"Tudo mudou depois dele", avalia Raphael De Angeli, correspondente da TV Globo na França e responsável pela cobertura do PSG.
O jogador campeão mundial em 1994 tornou-se o primeiro ídolo brasileiro do Parc des Princes, participando de cinco semifinais consecutivas em competições europeias, com destaque para a vitória na Recopa de Europa (1996). É o único troféu europeu que figura, até agora, no registo do PSG.
De Ronaldinho Gaúcho (2001-2003), que entrou para a história do PSG por suas antológicas atuações em clássicos contra o Marsella, a Nenê (2010-2013, atualmente no Fluminense), a busca por novos talentos brasileiros parece uma obsessão para os "caçadores de talentos" parisienses.
Mas nem sempre as contratações têm dado certo, como aconteceu por exemplo com Vampeta ou Everton Santos. Este último, que chegou em 2008, disputou apenas três jogos e foi posteriormente emprestado até ao fim do contrato.