França e Alemanha propuseram nesta segunda-feira (18) um plano de recuperação econômica de 500 bilhões de euros para lidar com o impacto da COVID-19, que fez o continente europeu mergulhar numa recessão histórica, além de causar mais de 316
França e Alemanha propuseram nesta segunda-feira (18) um plano de recuperação econômica de 500 bilhões de euros para lidar com o impacto da COVID-19, que fez o continente europeu mergulhar numa recessão histórica, além de causar mais de 316.000 mortes em todo o mundo.
O mundo espera uma cura para conter a epidemia e o presidente chinês, Xi Jinping, prometeu que, se a China a encontrar, será um "bem público global".
Por outro lado, após semanas de controvérsia sobre uma questão que confrontava os países do norte e do sul da Europa e que ameaçava fraturar a coesão da União Europeia, o presidente francês, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel, abriram caminho para uma mutualização da dívida no bloco.
Os dois líderes propuseram que a Comissão Europeia financie e apoie a recuperação econômica recorrendo aos mercados financeiros "em nome da UE" e depois repasse esse dinheiro aos países europeus e "aos setores e regiões mais afetados".
As bolsas da Europa reagiram positivamente a esses anúncios, com fortes altas (5,6% em Frankfurt, 5,1% em Paris, 4,7% em Madri, 4,29% em Londres e 3,26% em Milão).
Agora, Paris e Berlim precisam convencer todos os Estados-membros da UE sobre a medida. A Áustria já alertou que a ajuda do bloco é sob a forma de empréstimos e não de doações.
Já a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, aplaudiu a iniciativa e disse que a proposta era "ambiciosa, focada e bem-vinda".
Enquanto isso, em Genebra, o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, disse nesta segunda durante a reunião anual da Organização Mundial da Saúde (OMS), com a participação por videoconferência de representantes de 194 países, que o mundo está pagando um "preço alto" por essas estratégias divergentes contra a pandemia.
Após a escalada das tensões entre Washington e Pequim, os participantes esperavam adotar por consenso uma resolução proposta pela UE para pedir um "processo de avaliação" das medidas tomadas pela organização contra o coronavírus.
Para o secretário de Saúde dos Estados Unidos, Alex Azar, a OMS "não conseguiu obter as informações de que o mundo precisava e seu fracasso custou muitas vidas".
Mais tarde, o presidente americano, Donald Trump, que anunciou que tomava hidroxicloroquina "há uma semana e meia", foi mais longe e acusou a OMS de ser "uma marionete da China".
Nesse contexto tenso, o diretor da mais alta autoridade mundial em saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, prometeu nesta segunda promover uma investigação "independente" sobre a resposta que a agência da ONU e seus Estados-membros deram à pandemia, que surgiu no final de dezembro na China "o mais rápido possível, no momento apropriado".
Nos Estados Unidos, o país mais atingido pelo coronavírus, com mais de 90.000 mortes e 1,5 milhão de infectados, a empresa de biotecnologia Moderna , uma das mais avançadas na corrida pela vacina, anunciou os encorajadores resultados preliminares de sua vacina experimental em oito voluntários, antes de realizar testes em larga escala em julho.
Enquanto espera por um remédio, o mundo tenta retomar a atividade econômica asfixiada, à medida que a COVID-19 continua avançando, especialmente no Brasil, Índia ou África do Sul, e o medo de uma segunda onda de infecções persiste.