INTERNACIONAL

Pandemia supera três milhões de contágios na Europa e avança implacável na AL

A Europa ultrapassou, nesta quinta-feira (23), 3 milhões de contágios, e a América Latina superou os 4 milhões, metade deles no Brasil, onde a pandemia segue sem controle, com quase 68

AFP
23/07/2020 às 11:38.
Atualizado em 25/03/2022 às 18:45

A Europa ultrapassou, nesta quinta-feira (23), 3 milhões de contágios, e a América Latina superou os 4 milhões, metade deles no Brasil, onde a pandemia segue sem controle, com quase 68.000 novos casos em 24 horas.

No total, o novo coronavírus matou pelo menos 627.000 pessoas desde que surgiu no final do ano passado na China e causou mais de 15 milhões de infecções em todo mundo.

Apesar dos balanços alarmantes, autoridades e cidadãos estão cientes de que o número real de infecções e mortes é, sem dúvida, superior.

O uso obrigatório de máscaras, o retorno das restrições diante de novos surtos, os avanços em direção a uma vacina, ou tratamento eficaz, previsões mais ou menos encorajadoras, ocupam a agenda do planeta.

A isso, soma-se o impacto econômico da pandemia, que mergulhou grande parte do mundo em recessão e está causando falências, desemprego e um preocupante aumento da pobreza.

A ONU considerou nesta quinta-feira que é "urgente" conceder uma renda mínima temporária aos mais pobres do mundo para interromper os efeitos da pandemia.

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), cerca de US$ 199 bilhões por mês poderiam "fornecer uma renda mínima garantida por seis meses para os 2,7 bilhões de pessoas que vivem abaixo, ou logo acima da linha de pobreza, em 132 países em desenvolvimento".

A pandemia "agora está se espalhando a uma taxa de mais de 1,5 milhão de novos casos por semana, especialmente nos países em desenvolvimento, onde sete em cada 10 trabalhadores vivem, graças aos mercados informais, e não podem ganhar dinheiro, se permanecerem em suas casas", segundo a ONU.

Com a crise causada pela pandemia de COVID-19, o Fundo Monetário Internacional (FMI) espera uma recessão de 4,9% neste ano. Milhões de pessoas no mundo estão, ou estarão, desempregadas em 2020.

Para mitigar o impacto da pandemia, a União Europeia (UE) aprovou nesta semana um plano de recuperação e um orçamento para os próximos sete anos, apresentados nesta quinta-feira perante o Parlamento Europeu.

Embora o plano seja um triunfo para o bloco e mostre sua "solidez", de acordo com o presidente do Conselho, Charles Michel, também tem uma desvantagem.

O projeto, que prevê um fundo de 750 bilhões de euros (840 bilhões de dólares), baseado em uma mutualização da dívida, é "uma luz no fim do túnel. Mas com a luz também vêm as sombras. E, neste caso, a sombra é um orçamento escasso da UE a longo prazo (...) Este orçamento será amargo", declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

No Brasil, com uma população de 212 milhões de habitantes, a curva pandêmica está longe de ser controlada. Nas últimas 24 horas, o país registrou mais de 1.200 óbitos.

Além disso, os especialistas consideram que os números são muito subvalorizados, devido à falta de testes de detecção de coronavírus.

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