A pandemia se propaga pela Índia, onde levará semanas para atingir o pico, e, nas Américas, em particular nos Estados Unidos e em países como Brasil, Argentina e México, enquanto os países europeus que abriram as fronteiras tentam conciliar coronavírus e turismo
A pandemia se propaga pela Índia, onde levará semanas para atingir o pico, e, nas Américas, em particular nos Estados Unidos e em países como Brasil, Argentina e México, enquanto os países europeus que abriram as fronteiras tentam conciliar coronavírus e turismo.
A Índia ultrapassou 500.000 infectados com o novo coronavírus - apontam dados do governo divulgados neste sábado (27), os quais mostram um salto recorde diário de 18.500 novas infecções. O governo informou que 385 novas mortes foram registradas nas últimas 24 horas, elevando o saldo de óbitos para 15.685.
De acordo com epidemiologistas, ainda faltam semanas para se chegar ao ponto crítico, o que significa que o país pode passar de um milhão de infectados antes do final de julho. O país se encontra na fase de desconfinamento, mas alguns Estados estão considerando a possibilidade de reintroduzir a medida, diante do crescente número de casos de contágio.
O novo coronavírus circula de maneira preocupante nas cidades densamente povoadas, especialmente em Nova Délhi, a capital. Com mais de 80.000 casos, superou Mumbai, até então a mais afetada. Autoridades locais consideram possa chegar a meio milhão de infectados até o final de julho.
No Irã, com 2.456 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, o que eleva o número de infectados a 220.180 e 10.364 vítimas, o guia supremo, aiatolá Ali Khamenei, advertiu hoje que a situação econômica irá piorar se o país não conseguir controlar a propagação do vírus.
- Sem bares ou álcool -
Com mais de 125 mil mortos e quase 2,5 milhões de casos, os Estados Unidos assistem, impotentes, ao crescimento da pandemia. Os contágios aumentaram em 30 dos 50 estados, principalmente em Califórnia, Arizona, Texas e Flórida.
O Texas, um dos primeiros estados a reabrir a economia, suspendeu o desconfinamento iniciado este mês e ordenou o fechamento dos bares, e a Flórida, famosa por sua vida noturna, proibiu a venda de bebidas alcoólicas nos bares.
As cifras também crescem na América Latina, com 108.222 mortos e quase 2,4 milhões de casos. O Brasil segue sendo o país mais atingido da região, atrás dos Estados Unidos, com quase 56 mil mortos e 1,27 milhão de casos, segundo dados oficiais.
O avanço da epidemia levou o governo argentino a endurecer as medidas de quarentena impostas em Buenos Aires e periferia, epicentro da doença, que atingiu mais de 55 mil pessoas e causou 1.200 mortes.
Ante o dilema sobre o que priorizar, saúde ou economia, o governo peruano decidiu encerrar a quarentena nacional, para reativar o trabalho. Já no México, o número de mortos supera 25 mil e o ministro da Fazenda, Arturo Herrera, testou positivo para a doença, três dias após ter se reunido com o presidente Andrés Manuel López Obrador.
- Quase meio milhão de mortos -