A pandemia do novo coronavírus desacelerou em todo o mundo esta semana, menos na América Latina, onde a situação continuou a piorar, de acordo com a base de dados da AFP.
O número de casos diagnosticados (um indicador importante), no entanto, reflete que parte do número real de casos e as comparações entre os países devem ser vistas com cautela, pois as políticas de teste diferem de acordo com o país.
Depois de atingir o pico, a pandemia desacelerou esta semana no mundo, com 634.200 novos casos registrados por dia (12% a menos que na semana anterior), segundo balanço da AFP até a quinta-feira.
Apenas a região da América Latina e Caribe registrou aceleração da epidemia (+6%) nesta semana, com 120,9 mil novos casos diários. Essa área já registrava a maior progressão na semana anterior.
Nas demais regiões, a taxa de novos casos diminuiu: -24% nos Estados Unidos/Canadá, -17% na África, -12% na Europa, -2% na Ásia e no Oriente Médio. O vírus praticamente não circula mais na Oceania (22 casos diários, -16%).
Esta semana, a Europa ultrapassou os Estados Unidos/Canadá com 221.000 casos diários, frente aos 196.100.
Embora ambas as regiões abriguem dois terços dos novos casos no mundo, a proporção mostra uma tendência de queda em comparação com as semanas anteriores.
O Peru é o país onde a epidemia mais se acelerou (+56%, 4.900 novos casos diários) e é um dos que registrou mais de 1.000 casos diários na semana passada. No país, em meio à segunda onda, longas filas se formaram para comprar cilindros de oxigênio.
É seguido pelo Equador (+34%, 1.500), Espanha (+31%, 35.000), México (+30%, 17.600) e Cazaquistão (+29%, 1.000).
O maior declínio foi observado na Irlanda (-47%, 2.700 novos casos diários). A situação no país melhora, após um "tsunami" de casos durante as férias de Natal, segundo os mandatos do primeiro-ministro, e em meados de janeiro passou a ser o país com maior número de novos casos em relação à sua população.