INTERNACIONAL

Pandemia deixa mais de 4.000 mortos na Itália e Nova York entra em quarentena

Nesta sexta-feira, a Itália ultrapassou as 4.000 mortes por coronavírus, enquanto Nova York e outros estados americanos seguiram os passos da Califórnia, declarando a quarentena obrigatória para tentar controlar a pandemia

AFP
20/03/2020 às 21:16.
Atualizado em 04/04/2022 às 23:22

Nesta sexta-feira, a Itália ultrapassou as 4.000 mortes por coronavírus, enquanto Nova York e outros estados americanos seguiram os passos da Califórnia, declarando a quarentena obrigatória para tentar controlar a pandemia.

As infecções continuam a se multiplicar em todo o planeta, mas na cidade chinesa de Wuhan, onde o surto começou em dezembro, nenhum novo caso foi relatado.

Com 627 mortes de coronavírus nas últimas 24 horas, a Itália viveu seu pior dia nesta sexta-feira, atingindo um total oficial de 4.032, apesar dos esforços do governo para conter a propagação do vírus.

Os que morreram no país europeu, com 60 milhões de habitantes, agora representam 36,2% das vítimas globais da pandemia e sua taxa de mortalidade de 8,6% entre os infectados é significativamente maior do que na maioria dos países atingidos.

As mortes em todo o mundo ligadas à pandemia ultrapassaram a marca de 11.000, e o número de infectados atingiu 258.000 pessoas, segundo uma contagem da AFP.

Os governos e os bancos centrais continuaram a despejar enormes quantias de dinheiro na economia, na esperança de evitar uma profunda recessão global.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou a quarentena obrigatória imposta pelos governadores de Nova York e Califórnia, mas disse que não considera que uma quarentena nacional seja necessária.

"Acho que nunca acharemos que uma quarentena em todo país será necessária", disse ele, afirmando que os Estados Unidos estão "ganhando" a guerra contra o vírus.

Logo após o pronunciamento de Trump, o governador de Illinois também ordenou uma quarentena obrigatória, seguida por uma medida idêntica em Connecticut.

Com essa medida, os moradores das três cidades mais populosas do país - Nova York, Los Angeles e Chicago - estão impedidos de deixarem suas casas.

O Reino Unido, alinhando-se aos vizinhos da União Europeia, também anunciou restrições mais severas, incluindo o fechamento de bares, restaurantes e teatros. O governo prometeu ajudar a cobrir os salários dos trabalhadores afetados.

A cidade de Wuhan, na China, trouxe uma luz de esperança com a notícia de que não foram relatados novos casos nas últimas 24 horas.

"Wuhan dá esperança ao resto do mundo de que mesmo a situação mais grave pode ser revertida", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, chefe da OMS.

Horas antes, na Califórnia, um dos Estados Unidos mais atingidos pela pandemia, com mais de 1.000 casos e 19 mortes, ordenou que seus 40 milhões de habitantes fiquem em casa.

O estado de Nova York, onde mais de 7.000 casos e 38 mortes foram relatados, replicou a medida na manhã desta sexta-feira, ordenando uma quarentena obrigatória a partir da tarde de domingo para seus quase 20 milhões de habitantes.

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