Surgida na Ásia em dezembro e em um momento crítico na Europa, a pandemia de coronavírus afeta com força os Estados Unidos, o que levou o presidente chinês, Xi Jinping, a pedir a união das duas maiores potências mundiais para lutar contra a Covid-19, que já provocou mais de 23
Surgida na Ásia em dezembro e em um momento crítico na Europa, a pandemia de coronavírus afeta com força os Estados Unidos, o que levou o presidente chinês, Xi Jinping, a pedir a união das duas maiores potências mundiais para lutar contra a Covid-19, que já provocou mais de 23.000 mortes no planeta.
Em em mais uma notícia impactante, o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Boris Johnson, anunciou que apresentou resultado positivo para o novo coronavírus, mas com "sintomas leves", de acordo com Downing Street.
Apesar da rivalidade, China e Estados Unidos "devem unir-se contra a epidemia" de Covid-19, destacou o presidente Xi durante uma conversa telefônica com o colega americano Donald Trump.
"A China está disposta a continuar compartilhando sem reservas informações e experiências com os Estados Unidos", afirmou Xi, de acordo com o canal televisão público CCTV.
A mensagem de apaziguamento acontece após uma série de ataques verbais entre Pequim e Washington. Uma fonte do governo chinês chegou a sugerir que o vírus teria origem americana, enquanto Trump e seus colaboradores não perdiam uma oportunidade de usar os termos "vírus chinês", além de criticar a falta de transparência de Pequim sobre a gravidade da epidemia.
Em Londres, o governo confirmou o diagnóstico do primeiro-ministro Boris Johnson.
"Depois de constatar sintomas leves ontem (quinta-feira), o primeiro-ministro foi testado para detectar o coronavírus e o resultado é positivo", afirmou um porta-voz em um comunicado.
Em um vídeo postado no Twitter, Johnson parece estar em forma, sentado à mesa, de terno e gravata. Ele explica que teve febre e "tosse persistente" e que se submeteu ao teste por recomendação dos médicos.
Sua companheira, Carrie Symonds, grávida, já está em isolamento, seguindo ordens do governo.
Este anúncio ocorre após o diagnóstico positivo do príncipe Charles, de 71 anos, que "permanece em boa saúde", de acordo com o palácio real.
O novo coronavírus, que infectou mais de meio milhão de pessoas e matou mais de 23.000 desde que foi detectado em dezembro na China, paralisou muitos setores econômicos e forçou o confinamento de três bilhões de seres humanos.
A comunidade internacional mobilizou quantidades astronômicas de recursos para ajudar a economia mundial.
Além dos programas de resgate anunciados por vários países, na quinta-feira os líderes do G20, reunidos por videoconferência sob a presidência da Arábia Saudita, prometeram injetar 5 trilhões de dólares para dar oxigênio à asfixiada economia mundial pela pandemia. Nesta sexta-feira, após a euforia dos anúncios financeiros, as Bolsas voltaram a operar em queda.
Além disso, a Organização Mundial do Turismo (OMT), uma agência da ONU, anunciou que prevê um retrocesso de 20-30% do turismo internacional em 2020 pela pandemia.
O epicentro da Covid-19 continua sendo a Europa, com quase 275.000 casos registrados, segundo um balanço da AFP elaborado a partir de dados oficiais, o aumento exponencial de contágios nos Estados Unidos permite prever que o país vai superar os números do Velho Continente.
Com 83.000 contágios oficialmente registrados, os Estados Unidos passaram na quinta-feira a liderar a lista de países com mais casos, à frente dos 81.000 da China e 80.000 da Itália.