O novo coronavírus já deixa pelo menos 5.347 mortos em todo o mundo e o número de infectados continua a crescer, particularmente na Europa, o novo "epicentro" da pandemia, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), forçando milhões de pessoas a mudar radicalmente seus costumes para evitar o contágio
O novo coronavírus já deixa pelo menos 5.347 mortos em todo o mundo e o número de infectados continua a crescer, particularmente na Europa, o novo "epicentro" da pandemia, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), forçando milhões de pessoas a mudar radicalmente seus costumes para evitar o contágio.
A OMS disse nesta sexta-feira que é "impossível" calcular quando o pico mundial da pandemia ocorrerá.
Escolas, bares, museus e outros locais públicos, como a Torre Eiffel em Paris, um dos monumentos mais visitados do mundo, fecham até novo aviso. Casamentos, jogos de futebol e shows são adiados e quase ninguém mais vai a funerais. Milhões de pessoas cancelam suas viagens e limitam seus movimentos.
Com mais de 140.700 pessoas infectadas e mais de 5.300 mortes, a pandemia do Covid-19 não respeita fronteiras ou barreiras sociais e afeta todos os dias novos países e territórios.
Entre os infectados também há ministros, atores e atletas de elite. "É a crise de saúde mais grave em um século", nas palavras do presidente francês Emmanuel Macron.
Na Espanha, o segundo país da Europa mais afetado pela pandemia depois da Itália, com mais de 4.200 infectados e 120 mortes, quase a metade em Madri, as autoridades declararam estado de emergência.
Além disso, quatro cidades da região da Catalunha (nordeste) foram colocadas em quarentena e anunciaram o fechamento de escolas e universidades em todo o território.
Durante esse período, serão adotadas medidas "excepcionais", com recursos públicos, privados, civis e militares, anunciou o primeiro-ministro Pedro Sánchez.
Na Itália, onde foram registrados 17.660 casos e 1.266 mortos, Roma se tornou uma cidade fantasma. Todos os comércios, salvo os considerados essenciais, estão fechados e os moradores, em casa.
A França, com quase 3.000 infecções e 61 mortes, se juntará aos países que decidiram fechar todos os centros educacionais e proibir a concentração de mais de 100 pessoas a partir de segunda-feira.
O Museu do Louvre em Paris e a Torre Eiffel foram fechados até segunda ordem. Outros países europeus, como a Eslováquia e a República Tcheca, fecharam suas fronteiras e proibiram a entrada de viajantes de determinados países.
Nesse contexto, a rainha Elizabeth II da Inglaterra adiou seus compromissos oficiais e o Reino Unido anunciou o cancelamento das eleições municipais de maio, ao contrário da França, que as realizará neste domingo, conforme planejado.
Na América Latina, países como Argentina, Chile, Colômbia, Venezuela e Peru cancelaram voos, impuseram quarentenas e restrições obrigatórias para viajantes da Europa, China e outras áreas afetadas pelo Covid-19.
Na região, há oficialmente três mortos e cerca de 286 infectados. O presidente Jair Bolsonaro informou que teve um resultado negativo para o novo coronavírus.