INTERNACIONAL

Pandemia de coronavírus completa um ano

Há exatamente um ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a covid-19 como pandemia, preocupada com os "níveis alarmantes de propagação"

AFP
11/03/2021 às 06:55.
Atualizado em 22/03/2022 às 09:19

Há exatamente um ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a covid-19 como pandemia, preocupada com os "níveis alarmantes de propagação". Depois de meses de caos e esforços, os países se organizaram para enfrentar a doença, mas a resposta continua desigual de acordo com as regiões.

Até o momento, o vírus matou pelo menos 2.613.983 pessoas em todo planeta, e mais de 117,6 milhões de casos foram registrados, segundo um balanço da AFP.

País mais afetado com mais de meio milhão de mortos, os Estados Unidos aceleram a vacinação. Na quarta-feira, foi aprovado um plano de estímulo econômico de US$ 1,9 trilhão, uma "vitória histórica" para o presidente Joe Biden e uma lufada de ar que insufla otimismo.

Quase US$ 15 bilhões serão dedicados à vacinação, US$ 50 bilhões, a testes e rastreamento de contatos, e outros US$ 10 bilhões, à produção de vacinas.

Mais de 93 milhões de doses de vacina já foram aplicadas no país, que fez pedidos suficientes para receber até o fim de maio a quantidade necessária para vacinar todos os americanos.

Apesar da notícia, Biden pediu a negociação de um contrato de 100 milhões de doses adicionais com a Johnson & Johnson.

O número diário de mortos caiu para 1.600 em média durante a semana passada, contra 2.000 nas semanas anteriores.

A situação é muito mais complicada no Brasil, que parece em uma crise cada vez mais profunda. Na quarta-feira, o país bateu mais uma vez o recorde de mortes em 24 horas (2.286).

"Estamos no pior momento da pandemia no Brasil, o índice de transmissão com as variantes torna a epidemia ainda mais grave. O ano de 2021 será ainda mais difícil", disse à AFP a pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fiocruz.

"Estamos preocupados com a situação no Brasil. Este é um forte lembrete da ameaça de um novo ressurgimento, uma vez que as áreas gravemente atingidas pelo vírus continuam a ser muito vulneráveis a infecções", declarou a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Carissa Etienne.

A vacinação começou de maneira tardia no país, que já registrou 270.656 mortes provocadas pela covid-19. O presidente Jair Bolsonaro minimiza a pandemia e é contrário a fechar estabelecimentos comerciais para, segundo ele, preservar empregos.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente o atual governo.

"Não sigam nenhuma decisão imbecil do presidente da República ou do Ministério da Saúde. Tomem vacina", disse Lula na quarta-feira, anunciando que ele próprio esperava ser vacinado na próxima semana.

Brasil e México concentram dois terços das mortes na América Latina e Caribe, região que tem balanço conjunto de 703.922 vítimas fatais e 22. 260.740 casos, segundo os números atualizados da AFP.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por