INTERNACIONAL

Pandemia avança nas Américas e no sul da Ásia; Espanha recorda seus mortos

Os números de mortes e contágios aumentam nos Estados Unidos, América Latina e no sul da Ásia, onde novos confinamentos foram determinados, enquanto a Espanha, um dos países mais afetados pelo novo coronavírus, prestou homenagem nesta quinta-feira a suas vítimas fatais

AFP
16/07/2020 às 10:48.
Atualizado em 25/03/2022 às 21:23

Os números de mortes e contágios aumentam nos Estados Unidos, América Latina e no sul da Ásia, onde novos confinamentos foram determinados, enquanto a Espanha, um dos países mais afetados pelo novo coronavírus, prestou homenagem nesta quinta-feira a suas vítimas fatais.

Muito afetada pela pandemia, a Espanha recordou as vítimas do coronavírus em uma cerimônia solene de Estado, com a presença de governantes europeus e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O evento foi liderado pelo rei Felipe VI, que em seu discurso destacou os parentes dos falecidos e afirmou que "não estão sozinhos em sua dor, é uma dor que compartilhamos, seu luto é o nosso".

"Hoje, simbolicamente, nos despedimos de mães, pais, filhos, irmãos, amigos; pegamos suas mãos, acariciamos suas bochechas, beijamos sua testa, registramos seus olhares em nossos corações", disse em outro discurso Hernando Calleja, irmão de José María Calleja, um famoso jornalista espanhol que morreu em abril, vítima do coronavírus.

Sétimo país do mundo com mais mortes provocadas pela COVID-19, a Espanha reporta oficialmente mais de 28.400 óbitos e registrou nos últimos dias um aumento dos contágios, incluindo na zona de Lérida, Catalunha, cujas autoridades ordenaram o confinamento de 160.000 pessoas.

Mas não é um caso único. Diversos países estão voltando a impor restrições para frear a propagação, como a Alemanha, que deseja se preparar para uma possível segunda onda e quer instaurar "proibições de saída" em áreas geográficas limitadas, ou a França, onde a máscara em locais públicos fechados será obrigatória a partir da próxima semana.

A pandemia, que provocou mais de 584.000 mortes e mais de 13,5 milhões de contágios em todo o mundo, segundo um balanço da AFP com base em fontes oficiais, está avançando sem trégua nos Estados Unidos, Brasil e Índia.

Os Estados Unidos lideram a lista de países mais afetados pelo vírus, com mais de 137.000 mortes e quase 3,5 milhões de casos. São números oficiais que para muitos estão abaixo dos reais. Os recordes se sucedem (67.600 casos nas últimas 24 horas) e se a tendência persistir, o balanço de mortos pode superar 150.000 em agosto, de acordo com os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Cientistas afirmam, no entanto, que se o uso de máscaras se tornar generalizado a medida pode salvar a vida de 40.000 pessoas até novembro.

Na triste lista de países mais afetados, o Brasil ocupa o segundo lugar, com mais de 75.300 mortos e quase dois milhões de casos. São Paulo e Rio de Janeiro registram o maior número de contaminações, mas o país observa um aumento de contágios na região sul.

"O número de contaminações continuará aumentando até outubro-novembro, com flutuações", afirmou recentemente à AFP Domingos Alves, da Universidade de Medicina de Ribeirão Preto.

Os estados do norte, territórios de muitos povos indígenas com defesas imunológicas frágeis, também estão na linha de frente.

A região da América Latina e Caribe superou na quarta-feira a marca de 150.000 mortes provocadas pelo coronavírus, segundo o balanço da AFP. É a segunda área do planeta com mais vítimas fatais, atrás da Europa (204.036 falecidos).

O Peru, segundo país latino-americano com mais casos, atingiu na quarta-feira o recorde de mais de 12.000 pacientes hospitalizados.

O país, que avança em um processo gradual de flexibilização do confinamento após mais de 100 dias de quarentena obrigatória, registra mais de 12.400 óbitos e mais de 337.700 casos.

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