INTERNACIONAL

Pandemia avança na América Latina e UE se concentra na reconstrução

A pandemia do novo coronavírus, que já provocou mais de 454.000 mortes no mundo, segue fazendo estragos, especialmente na América Latina, enquanto na China aumenta o medo de uma segunda onda e os líderes da União Europeia (UE) debatem um plano histórico de reconstrução

AFP
19/06/2020 às 09:26.
Atualizado em 27/03/2022 às 16:25

A pandemia do novo coronavírus, que já provocou mais de 454.000 mortes no mundo, segue fazendo estragos, especialmente na América Latina, enquanto na China aumenta o medo de uma segunda onda e os líderes da União Europeia (UE) debatem um plano histórico de reconstrução.

O coronavírus avança de forma inexorável e o número de vítimas fatais dobrou em um mês e meio. Desde que foi detectado na China no fim do ano passado, mais de 8,5 milhões de pessoas foram infectadas.

Brasil, com 1.269 mortos, e México, com 770, são os países do mundo que registraram mais óbitos nas últimas 24 horas. Na quinta-feira, o México também contabilizou 5.662 novos casos de contágio, um recorde.

O governo mexicano iniciou em 1 de junho a reabertura gradual das atividades em diversas regiões do país, especialmente nos setores de construção, mineração, manufatureiro e automotivo.

Hugo López Gatell, subsecretário mexicano de Saúde e responsável pela estratégia contra a COVID-19, admitiu, no entanto, que "a epidemia ainda não está acabando" e que as estimativas iniciais de mortes foram superadas.

O vírus não dá trégua no Brasil, país de 210 milhões de habitantes e com um balanço de 47.748 mortos e 978.142 casos positivos, a segunda nação mais afetada depois dos Estados Unidos.

O Chile, que se aproxima de 4.000 óbitos, endureceu as sanções para os que não respeitam a quarentena, com penas de até cinco anos de prisão.

Se a pandemia não para de avançar nas Américas, na China, onde o vírus parecia sob controle e com o país já em um ritmo de certa normalidade, as autoridades temem desde a semana passada um novo surto da doença.

Nesta sexta-feira, Pequim anunciou 25 novos casos, o que eleva a 183 o número de contágios nos últimos dias na capital chinesa, que tem 21 milhões de habitantes.

O novo foco obrigou o regime comunista a impor o confinamento em vários bairros e a organizar testes de diagnóstico para milhares de habitantes.

O governo dos Estados Unidos questiona a "credibilidade" dos números e pede o envio de observadores "neutros".

A China revelou nesta sexta-feira o genoma do coronavírus detectado nos últimos dias e deu a entender que este vírus seria uma versão do que circulou pelo continente europeu há várias semanas ou meses.

"É possível que o vírus que provoca atualmente uma epidemia em Pequim tenha viajado de Wuhan para a Europa e retornado agora à China", afirmou Ben Cowling, professor no Centro de Saúde Pública da Universidade de Hong Kong.

Outro dado científico, desta vez de Itália, revelou nesta sexta-feira que o novo coronavírus já estava presente nas águas residuais das cidades de Milão e Turim, norte da península, em dezembro de 2019, dois meses antes do registro oficial do primeiro paciente de COVID-19.

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